O objetivo da reunião foi buscar alternativas para equilibrar o desenvolvimento das atividades econômicas com a adoção de medidas para conter o avanço do novo coronavírus na cidade.
O promotor do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Kataoka, destacou que a situação da região acabou sendo agravada, não só pelo aumento do contágio, mas principalmente pela suspensão de recebimento de novos pacientes no Hospital Regional Zilda Arns.
“Isso sobrecarregou o sistema de saúde de Volta Redonda, principalmente em relação ao número de pessoas que necessitavam de internação em leitos de UTI, o que resultou na restrição de uma parte das atividades econômicas, com o fechamento do comércio”, explicou Leonardo Kataoka.
O promotor ressaltou que a grande questão da região do Sul do Estado do Rio é a não regularização do Hospital Regional.
“Temos acompanho diariamente essa questão e cobrado com bastante frequência da Secretaria de Estado de Saúde. Pode ser que a gente caminhe para uma possível judicialização pelo Ministério Público em face do Estado para garantir o funcionamento da unidade. Estamos analisando essa possibilidade”, disse Leonardo.
“Volta Redonda já tem a característica de atender pacientes de outros municípios, que não tem leitos disponíveis para a covid-19. Agora fiz um decreto para não receber, por regulação, esses pacientes. Além disso, recebemos, nesta terça-feira, os mais de 10 mil comprimidos de Nitazoxanida, substância que será utilizada para pacientes com casos leves e iniciais com covid-19. Isso vai evitar o agravamento da doença e, obviamente, reduzir a ocupação dos leitos de UTI”, disse o prefeito.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Volta Redonda, Luiz Fernando Cardoso, é preciso unir forças para superar os obstáculos.
“Precisamos amenizar as limitações do comércio porque, infelizmente, essa gripe não tem fim e nós não somos culpados. Precisamos que o governo do Estado regule novamente os pacientes com a covid-19 no Hospital Regional”, disse Cardoso.