Publicado 19/04/2021 11:11
Volta Redonda - Quem caminha ou pedala perto da ponte José de Almeida Sobrinho, na Avenida Beira Rio, no bairro Vila Mury, pode observar pescadores com varas de bambus, molinetes e outros apetrechos pescando tilápias, mandis e até bagres na saída do afluente do rio Paraíba, o córrego do Coqueiros.
O cenário é comum durante as manhãs e tardes de fim de semana, como explicou o pescador Elias que estava todo paramentado com roupas de borracha. “Nosso lazer, no domingo é aqui. Vai chegar mais gente. Temos até um grupo no zap. Tiramos fotos e colocamos lá”, disse.
Já o Anderson, outro pescador, ao ser indagado sobre a possibilidade de contaminação dos peixes explicou o que pensa. “Rapaz, pescar aqui é nosso lazer, nossa alegria. A fritura do peixe mata a contaminação, mata tudo, e ainda tomamos uma cachaça para espantar o vírus”, comentou sorrindo com a aprovação dos colegas ao lado.
O biólogo ligado à Equipe Ambiental do Movimento Ética na Política (MEP-VR), Michel Bastos, fez uma avaliação de atenção ao observar as fotos.
“Fica claro que há uma carga de múltiplos compostos orgânicos, resíduos da cidade e esgoto no local. Não tenho que dizer: não pesque, não coma, pois teria que levar para um laboratório e fazer uma avaliação. Até penso que a própria alegria dos sujeitos, talvez nem tenha efeitos na saúde. A ciência pode até trazer um acabrunhamento para as pessoas que pescam", revelou o pesquisador mestre em zoologia.
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