Publicado 16/11/2021 15:01
Volta Redonda - Diferentes pessoas ligadas à área educacional de Volta Redonda comentaram através de áudios ou textos sobre o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Os relatos foram feitos ao Movimento Ética na Política de Volta Redonda (MEP-VR).
O historiador, militante do Movimento Negro, coordenador dos Coletivos Jango Di Volta e Minervino de Oliveira, José Geraldo da Costa falou sobre a importância de "eliminar todas as formas de rebaixamento das pessoas".
“Estamos na luta pela superação do racismo, contra as desigualdades raciais e todas as demais situações em que o ser humano é rebaixado. A memória de Zumbi dos Palmares tem que ser preservada, pois simboliza a memória de luta dos quilombolas, dos injustiçados, dos sem terra e sem teto e das populações em situação de rua. É fundamental que a gente celebre o dia 20, o mês da consciência negra. A consciência negra é a consciência da liberdade e da necessidade de pensar um mundo mais fraterno e justo, assim unidos, eliminarmos todas as formas que rebaixem as pessoas, o planeta e os seres vivos. Celebremos a consciência da liberdade. Viva Zumbi”, falou.
Quem também participou foi a pedagoga, negra, doutoranda pela UFRRJ e licenciada do MEP, Nelma Bernardes Vieira.
“Dia 20 de novembro, data para reflexão sobre a situação do negro e o racismo estrutural no Brasil. A sociedade brasileira está organizada para manter o negro numa situação de subalternidade, e em exposição à violência. O negro precisa estar presente em todos os lugares, principalmente nos espaços de decisão e poder. Lógico, que esses lugares os negros envolvidos façam luta antirracista. O dia 20 de novembro deve ser aproveitado para dar voz a todos aqueles que lutam por uma sociedade antirracista. Lembro de Marielle Franco quando disse: “Para que uma discussão se amplie é fundamental compreender que estamos em um lugar de tratamento diferente. É preciso reconhecer o racismo”. Só reconhecendo que o racismo existe é que podemos eliminá-lo. A violência contra os negros não causa espanto e nem revolta numa boa parcela da sociedade. O espanto só ocorre quando o negro ocupa um lugar considerado como um lugar do branco, principalmente se tais lugares são de poder e decisão. Aliás, deveria ser feriado nacional”, disse.
O historiador e genealogista, Roberto Guião de Souza Lima, ressaltou que a data lembra e alerta “seja qual for o tipo de escravidão e a cor da pele dos escravizados”.
“Sobre a data, não sou entendido no assunto, mas poderia dizer o seguinte: fatos históricos ruins ou bons, justos ou injustos são reais e fazem parte da vida da humanidade, e a escravidão foi e continua sendo um deles. A história, ao desvendar suas causas e consequências, nos dá a oportunidade de tirar proveito para sermos melhores. O dia da consciência negra nos lembra e alerta que, seja qual for o tipo de escravidão e a cor da pele dos escravizados, contra ela e contra o preconceito - que é também uma forma de escravidão - todas as pessoas devem lutar continuamente”, destacou o historiador.
Quem também participou foi a pedagoga, negra, doutoranda pela UFRRJ e licenciada do MEP, Nelma Bernardes Vieira.
“Dia 20 de novembro, data para reflexão sobre a situação do negro e o racismo estrutural no Brasil. A sociedade brasileira está organizada para manter o negro numa situação de subalternidade, e em exposição à violência. O negro precisa estar presente em todos os lugares, principalmente nos espaços de decisão e poder. Lógico, que esses lugares os negros envolvidos façam luta antirracista. O dia 20 de novembro deve ser aproveitado para dar voz a todos aqueles que lutam por uma sociedade antirracista. Lembro de Marielle Franco quando disse: “Para que uma discussão se amplie é fundamental compreender que estamos em um lugar de tratamento diferente. É preciso reconhecer o racismo”. Só reconhecendo que o racismo existe é que podemos eliminá-lo. A violência contra os negros não causa espanto e nem revolta numa boa parcela da sociedade. O espanto só ocorre quando o negro ocupa um lugar considerado como um lugar do branco, principalmente se tais lugares são de poder e decisão. Aliás, deveria ser feriado nacional”, disse.
O historiador e genealogista, Roberto Guião de Souza Lima, ressaltou que a data lembra e alerta “seja qual for o tipo de escravidão e a cor da pele dos escravizados”.
“Sobre a data, não sou entendido no assunto, mas poderia dizer o seguinte: fatos históricos ruins ou bons, justos ou injustos são reais e fazem parte da vida da humanidade, e a escravidão foi e continua sendo um deles. A história, ao desvendar suas causas e consequências, nos dá a oportunidade de tirar proveito para sermos melhores. O dia da consciência negra nos lembra e alerta que, seja qual for o tipo de escravidão e a cor da pele dos escravizados, contra ela e contra o preconceito - que é também uma forma de escravidão - todas as pessoas devem lutar continuamente”, destacou o historiador.
A Produtora Cultural e Animadora Cultural na Rede de Ensino Estadual e Mulher Destaque em VR (homenagem do MEP em 2020), Renata Ferreira também deixou seu recado.
“Como mulher negra, mãe solo e criando dois homens, acredito que todos têm direito à educação e precisamos sim celebrar os nossos. Temos que ter consciência que estão matando os nossos, a cada 23 minutos a gente perde um jovem negro. O 20 de novembro, dia de muita reflexão, sobretudo diante que estamos vivendo, diante do racismo que a gente se depara todos os dias, onde precisamos explicar para os nossos filhos sobre essa crueldade que é racismo. É preciso que as pessoas sejam nossas aliadas. O racismo não é um problema do negro, não fomos nós o criamos. Acredito que a partir das nossas casas, nossas escolas... a gente vai conseguir uma educação antirracista. Quero saudar todas as mulheres negras, os mais velhos, os meus ancestrais. A luta é árdua, a gente não só existe, mas resiste”, comentou.
“Como mulher negra, mãe solo e criando dois homens, acredito que todos têm direito à educação e precisamos sim celebrar os nossos. Temos que ter consciência que estão matando os nossos, a cada 23 minutos a gente perde um jovem negro. O 20 de novembro, dia de muita reflexão, sobretudo diante que estamos vivendo, diante do racismo que a gente se depara todos os dias, onde precisamos explicar para os nossos filhos sobre essa crueldade que é racismo. É preciso que as pessoas sejam nossas aliadas. O racismo não é um problema do negro, não fomos nós o criamos. Acredito que a partir das nossas casas, nossas escolas... a gente vai conseguir uma educação antirracista. Quero saudar todas as mulheres negras, os mais velhos, os meus ancestrais. A luta é árdua, a gente não só existe, mas resiste”, comentou.
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