Por lucas.cardoso
Rio - A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) analisou o desempenho do setor automotivo no mês de janeiro. E o setor segue em queda. Ao todo, foram comercializadas 224.164 unidades, uma retração de 14% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram comercializadas 260.909 unidades no país.
O levantamento dos emplacamentos também fez uma comparação com as 298.898 vendas registradas em dezembro do ano passado. Nessa análise, a queda foi ainda maior: 25% nas vendas de todos os segmentos somados, onde estão automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros.
Montadoras estão com os pátios lotados em função da retração das vendas no início do anoEBC

Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, apresentaram queda de 4% na comparação entre janeiro deste ano e janeiro de 2016. Foram emplacadas 143.582, contra 149.677 no mesmo período do ano passado. Se comparado com dezembro de 2016 (199 mil unidades), o resultado aponta queda de 27,85%. Apenas se considerarmos os comerciais leves é que há crescimento, de 20,4% na comparação de janeiro 2017 e o mesmo mês de 2016.

Segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, janeiro costuma ser um mês mais fraco nas vendas de veículos em função da antecipação de compras em dezembro e dos compromissos da população no início do ano. “As promoções do final do ano e o 13 geralmente atraem o público a adquirir um veículo, como o automóvel, por exemplo. Já o início de ano é marcado por muitos compromissos financeiros para as famílias, como IPVA, matrícula e material escolar. Com isso, o consumidor se retrai para fazer novos investimentos no primeiro mês do ano”, minimizou.

Ainda na análise da instituição, os dados apontam para uma redução na queda das vendas de automóveis e comerciais leves, se avaliados os resultados comparativos entre janeiro deste ano e do mesmo mês de 2016. “Houve aumento nos emplacamentos de comerciais leves, o que demonstra uma sinalização de retomada na economia”, acredita Assumpção Júnior.