Brasília - A juíza Olga Regina de Souza, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) foi condenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira, após escutas confirmarem que a magistrada tinha uma relação pessoal com o narcotraficante Gustavo Duran Bautista, líder de um grupo criminosos responsável por exportar cocaína do continente Sulamericano para a Europa.
O voto pela aposentadoria compulsória foi dado pelo conselheiro do CNJ Norberto Campelo e seguido por unanimidade pelos demais membros do Conselho.
Na chamada “Operação São Francisco”, iniciada em agosto de 2007 pela Polícia Federal, apurou-se, por meio de interceptações telefônicas e mensagens eletrônicas, a relação da juíza e de seu companheiro, Baldoíno Dias de Santana, com o líder colombiano de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, Gustavo Duran Bautista. “Obrigada pelas uvas, estavam maravilhosas”, dizia uma das mensagens trocadas por Gustavo e Olga.
A relação entre as familias iniciou-se em 2001, quando a juiza inocentou o traficante em uma ação criminal em que ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas durante uma inspeção realizada pela PF na Fazenda Mariad, de propriedade de Gustavo, devido a suspeitas de trabalho escravo. Para retribuir o gesto de Olga, em 2006 o narcotraficante teria dado R$ 14.800 para a magistrada, mas não chegou a completar o pagamento integral combinado porque foi preso