Por rodrigo.sampaio

Fortaleza - A Polícia Federal e o Ministério Público Federal abriram nesta quarta-feira a "Operação Adinamia", que visa desarticular um esquema de fraudes a concursos públicos e processos seletivos para instituições do ensino superior por meio do Enem (2016/2017), no Ceará e em outros estados da Federação. 

Fraudes em provas do Enem chegavam a custar R$ 90 milReprodução Internet

Segundo a PF, cerca de 90 policiais estão cumprindo 36 mandados, sendo 21 de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 11 de condução coercitiva. A ação ocorre nos em seis cidades do Ceará (Fortaleza, Juazeiro, Barbalha, Mauriti, Abaiara e Lavras da Mangabeira), duas da Paraíba (São José de Piranhas e Cajazeiras), e em Teresina, no Piauí. 

Nesta fase, a operação busca coletar provas dos delitos cometidos, como fraudes a processo seletivo e concursos públicos, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A pena para crimes deste tipo variam entre 1 a 4 anos, 3 a 8 anos e 3 a 10 anos de reclusão, respectivamente.

As formas da fraude consistem na violação antecipada de lacres para acesso às provas do ENEM e concursos e/ou utilização de candidato piloto e de ponto eletrônico, com a transmissão dos gabaritos. O curso de medicina é o principal alvo das fraudes e também o mais caro, sendo pago em torno de R$ 90 mil, por vaga, sendo metade do valor pago antes do certame e metade depois de garantida a vaga.

Esse tipo de fraude tem uma repercussão social de longo alcance, para além da questão criminal, por frustrar o esforço de candidatos honestos que estudam e buscam legitimamente o acesso aos cursos de nível superior e cargos públicos.

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