Por karilayn.areias
Rio - ‘Besame mucho’ é, além da canção em espanhol mais gravada do mundo, um símbolo de sensualidade. Por isso, não poderia ficar de fora de ‘Amor e Pasión’, o sétimo álbum do grupo Il Divo, lançado mundialmente na sexta-feria. Apesar de serem todos de nacionalidades diferentes, o suíço Urs Bühler, o espanhol Carlos Marín, o americano David Miller e o francês Sébastien Izambard encarnam a mesma figura do amante latino para interpretar as grandes composições do continente no estilo que é a marca do grupo: o crossover clássico, combinação de ópera com pop e outros gêneros.
O Il Divo%3A (dá esq) David%2C Sébastien%2C Urs e CarlosDivulgação

Para o barítono Carlos Marín, essa personagem não é tão distante. Por telefone, ele pergunta se sou solteira, qual é o meu signo e responde que, se pudesse cantar para alguém no Brasil, seria para mim. Brincadeiras à parte, ele já adianta que o conjunto deseja vir ao país, atendendo à demanda do público, que já fez uma campanha online pedindo um show do quarteto. Apesar de ser fã de Caetano Veloso, o cantor diz que os clássicos da MPB vão ter que ficar para outro disco. “Em ‘Amor e Pasión’, nós buscamos nos manter em um gênero, o que só passamos a fazer a partir do álbum anterior a ele. Antes, não havia um elo entre as canções”, explica.

De Carlos Gardel a Julio Iglesias, as faixas são todas em espanhol, como a maioria dos sucessos do grupo. “Funciona muito bem para o Il Divo. Nós já gravamos em várias línguas, e o espanhol é a mais fluida de todas elas. Ela dá conta do clássico e do tom pop”, esclarece David. Da mesma maneira, o grupo já chegou ao consenso que regravar músicas famosas é a melhor escolha para os seus projetos. “Nós percebemos que as pessoas preferem as canções que conhecem”, observa Carlos. “Nós nos damos ao luxo, que você pode considerar como preguiça, de só regravar. Assim, adicionamos algo de novo a essas músicas”.

A fórmula funciona, considerando que Il Divo já acumula 160 discos de ouro e platina em 33 países diferentes. “Nosso ideal como intérpretes é mergulhar na emoção. Acredito que não existe nada mais belo do que cantar com amor e paixão”, revela Urs. Carlos completa: “Sem amor e paixão não se consegue fazer nada”.

Com reportagem de Clarissa Stycer