
Para o barítono Carlos Marín, essa personagem não é tão distante. Por telefone, ele pergunta se sou solteira, qual é o meu signo e responde que, se pudesse cantar para alguém no Brasil, seria para mim. Brincadeiras à parte, ele já adianta que o conjunto deseja vir ao país, atendendo à demanda do público, que já fez uma campanha online pedindo um show do quarteto. Apesar de ser fã de Caetano Veloso, o cantor diz que os clássicos da MPB vão ter que ficar para outro disco. “Em ‘Amor e Pasión’, nós buscamos nos manter em um gênero, o que só passamos a fazer a partir do álbum anterior a ele. Antes, não havia um elo entre as canções”, explica.
De Carlos Gardel a Julio Iglesias, as faixas são todas em espanhol, como a maioria dos sucessos do grupo. “Funciona muito bem para o Il Divo. Nós já gravamos em várias línguas, e o espanhol é a mais fluida de todas elas. Ela dá conta do clássico e do tom pop”, esclarece David. Da mesma maneira, o grupo já chegou ao consenso que regravar músicas famosas é a melhor escolha para os seus projetos. “Nós percebemos que as pessoas preferem as canções que conhecem”, observa Carlos. “Nós nos damos ao luxo, que você pode considerar como preguiça, de só regravar. Assim, adicionamos algo de novo a essas músicas”.
Com reportagem de Clarissa Stycer