Por lucas.cardoso

Brasília - A Petrobras vai aumentar o preço da gasolina em 4,2% nas refinarias de todo o país a partir desta sexta-feira. A mudança no valor será o maior reajuste desde a implantação da nova política de preços há dois meses.

O novo percentual contradiz o reajuste de 0,5% sugerido nesta quarta-feira pela estatal. As informações constam na página da Petrobras na Internet, onde é anunciado, ainda, um aumento de 0,8% para o óleo diesel também para esta sexta. Número inferior ao previsto também na quarta. 

No Rio, o preço médio da gasolina nesta semana foi de R$ 4,195Reprodução

Embora a Petrobras não fale sobre o assunto, a alta está diretamente ligada aos aumentos da cotação da gasolina em decorrência da tempestade Harvey, que vem devastando os estados do Texas e de Louisiana, nos Estados Unidos.

Com o aumento que passará a vigorar a partir de amanhã, o preço da gasolina acumula alta nos últimos quatro dias (20 de agosto a 1º de setembro) de 4,7% e o óleo diesel de 4,2%.

No Rio, o consumidor vai precisar ter paciência e pesquisar o melhor para abastecer seu veículo com gasolina. De acordo com o relatório que avalia os preços por semana da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o posto com a gasolina mais barata cobrava R$ 3,849, Vila Valqueire, e o com a mais cara R$ 4,59, na Lagoa. O estado tem um dos maiores preços do combustível, só ficando atrás do Acre e do Amazonas, (preços praticados de 20/08/2017 a 26/08/2017).

Nova política de preços começou em junho

A nova política de preços adotada pela Petrobras foi anunciada em 30 de junho. Naquela dia, a estatal informou que os reajustes teriam mais frequência e poderiam até ser diários, dependendo das oscilações do preço do produto no mercado externo.

Aprovadas pela diretoria executiva, as alterações objetivam dar maior autonomia para a área técnica de marketing e comercialização da estatal visando realizar ajustes nos preços, que podem mudar a qualquer momento, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada (-7% a +7%), respeitando a margem estabelecida pelo Gemp (Grupo Executivo de Mercado e Preços).

No entendimento da Petrobras, com a revisão anunciada, a nova política de preços permitiria maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitaria competir de maneira mais ágil e eficiente, recuperando parte do mercado que a empresa vinha perdendo para os derivados importados.

Com informações da Agência Brasil



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