Canadá - O gesto teve ampla execução nos Jogos Militares de 2011, no Rio de Janeiro, consolidou-se na Olimpíada de Londres, no ano seguinte, e está chamando a atenção no Pan-Americano de Toronto. Parte dos atletas brasileiros está fazendo posição de sentido e prestando continência na execução do Hino no pódio da competição. A explicação é bem simples, esta parcela de atletas brasileiros faz parte de um programa em conjuntos dos Ministérios da Defesa e dos Esportes.
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No Pan de Toronto, são 123 atletas na delegação brasileira que possem algum vínculo com as forças armadas. Todos eles recebem salários de até R$ 4 mil, além de usarem dependências militares para treinamentos. Mas a atitude de prestar continência está sendo apontada como uma propaganda ideológica das Forças Armadas, gesto proibido pelo Comitê Olímpico Internacional.
Em 1968, outra manifestação, de mesmo cunho ideológico, rendeu aos americanos Tommie Smith e John Carlos uma exclusão dos Jogos Olímpicos da Cidade do México. Eles eram simpatizantes do grupo Panteras Negra, que lutava na defesa da resistência armada contra a opressão dos negros.
Após ampla adesão de atletas de ponta nos Jogos Militares, as Forças Armadas acabaram sem recursos para manter o nível e a solução foi fazer uma parceria com o Ministério do Esporte. Ficou estabelecido que as Forças Armadas ficariam encarregadas de pagar os salários dos atletas, enquanto que o Ministério do Esporte cuidaria das viagens para competições e logística. Desde então, quase 600 atletas foram divididos entre Aeronáutica, Marinha e Exército.
Alguns atletas que prestaram continência em Toronto:
Judô - Rafaela Silva, Tiago Camilo, Charles Chibana, Erika Miranda, Luciano Correa, Victor Penalber, Maria Sullen Altheman e Mayra Aguiar.
Tiro Esportivo - Felipe Almeida Wu.
Natação - Leonardo de Deus.
