Califórnia - Um ex-fuzileiro naval de 28 anos que serviu no Afeganistão abriu fogo na noite de quarta-feira em um bar de música country lotado em Thousand Oaks, perto de Los Angeles, matou doze pessoas, entre elas um policial, e foi encontrado morto. O número de feridos ainda não foi determinado. As informações foram confirmadas por autoridades locais.
Ian David Long entrou no Borderline Bar and Grill, onde acontecia uma festa universitária com "várias centenas" de jovens, segundo o capitão Garo Kuredjian, do gabinete do xerife do condado de Ventura. O xerife Geoff Dean disse à imprensa que havia sangue por todos os lados, no que descreveu como uma cena horrível.
"Não temos ideia de se existe um vínculo terrorista, ou não. Como sabem, as investigações estão em curso e essa informação surgirá quando pudermos determinar exatamente quem era o suspeito e que motivos o levaram a este evento horrível", acrescentou.
Dean acrescentou que, entre as vítimas, 11 são pessoas que estavam no bar e o 12º é um policial que interveio no lugar. O número de feridos, levados para vários hospitais da região, ainda não foi determinado, completou.
O agressor também faleceu, relatou Dean, explicando que ele não está sendo contabilizado entre as vítimas. O xerife também não informou se o atirador foi morto pela polícia, ou se havia se suicidado.
Várias testemunhas que se encontravam no local disseram que o atirador portava uma pistola de grosso calibre, uma sacola preta e era barbudo.
Uma testemunha não identificada citada pelo jornal "Los Angeles Times" indicou que o homem entrou no bar por volta das 23h30 locais e começou a atirar com uma "pistola preta".
"Atirou muito, pelo menos 30 vezes. Ainda ouvia os tiros quando todo o mundo havia deixado o bar", acrescentou.
Outras testemunhas relataram que o agressor havia lançado uma bomba de fumaça.
Segundo uma testemunha, entrevistada pela rede CNN e em visível estado de choque, o atirador entrou pela porta principal do bar, disparou contra um segurança e depois contra uma mulher que recebia o público na entrada.
A maioria das testemunhas citadas pela imprensa americana eram estudantes universitários que descreveram cenas de pânico.
"Todo o mundo se jogou no chão rapidamente. Todo o mundo queria sair o mais rápido possível", disse à AFP uma jovem que escapou junto com uma amiga por uma janela da cozinha.
Trata-se do segundo tiroteio nos Estados Unidos em menos de duas semanas.
Há dez dias, 11 pessoas morreram em uma sinagoga na cidade de Pittsburgh, no pior ataque antissemita cometido nos Estados Unidos.