Por clarissa.sardenberg

Recife - O dentista particular do ex-governador Eduardo Campos, Fernando Cavalcante, deu um depoimento impactante na manhã desta sexta-feira, na porta da residência da família, no bairro Dois Irmãos, no Recife. Fernando esteve em São Paulo, para onde viajou na intenção de fazer o reconhecimento do corpo de Eduardo Campos através de sua arcada dentária. Mas foi em vão. Segundo ele, é impossível saber quem é quem neste momento.

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"Infelizmente não foi possível, pelo menos até ontem, com o que foi colhido, fazer esta identificação. Não restou nada. É como se a coisa tivesse evaporado com a batida do avião. A unica forma de fazer esta identificação será mesmo através de exames de DNA", disse Fernando Cavalcante, que atendia Eduardo Campos havia mais de 20 anos.

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"Se disserem que é um amontado de barro ou papel, você vai acreditar. Só que sabemos que são restos humanos. Os corpos foram pulverizados. Tinha restos de corpo em 15 casas, tem que montar o quebra-cabeça", completou. 

O dentista explicou também como seria feita a identificação dos corpos através da arcada dentária, uma prática comum em casos parecidos.

"Se a gente encontrasse uma arcada, com as radiografias que eu tenho do Eduardo, daria para fazer uma primeira avaliação. Se houvesse dúvida, há recursos no Instituto Médico Legal de Sâo Paulo de radiografar arcada, dentes ou dente e confrontar com o que eu tenho. Mas não sobrou nada, nem de Eduardo, nem de ninguém. O que eu vi lá foi muito triste. Só com DNA e é quase que armar um quebra-cabeça, demora muito", disse Fernando.

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