Por tiago.frederico
Isabella NardoniReprodução

Rio - Mais uma carcereira procurou o Ministério Público para dar informações que podem mudar os rumos do caso Isabela Nardoni, morta aos seis anos de idade ao cair da janela do prédio em que moravam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, em 2008.

A carcereira, que não quis se identificar por medo de represálias, disse que ouviu da madrasta de Isabella que Antônio Nardoni estaria envolvido no assassinato. Ela foi ouvida pela reportagem do "Fantástico". O depoimento, já colhido pelo departamento de homicídios, vai ao encontro de outro fornecido por outra testemunha e também revelado pelo programa.

“À medida que ela foi adquirindo confiança nas guardas, ela foi se abrindo. Eu cheguei a indagá-la: ‘quem fez? Quem cometeu esse crime?’”, conta a testemunha. “Ela falou que tinha sido a mando de alguém. Mas que alguém? Ela falou assim: ‘daquele véio’. Falei: ‘que velho, Carolina? Foi o seu sogro?’ Ela começou a chorar muito e só balançou a cabeça em sinal afirmativo”, relata.

A carcereira disse que Anna Carolina Jatobá, aos poucos, foi se abrindo com as pessoas que habitam o presídio feminino de Tremembé, o que possibilitou o desabafo.

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Ouvido pelo programa da TV Globo, o delegado Zacarias Tadros disse que a principal tese da polícia neste momento é de que “essa conversa (entre o avô de Isabella e a madrasta) existiu, não foi algo criado pela testemunha”. Tadros disse, ainda, que se confirmada esta nova versão a principal beneficiária seria justamente Anna Carolina Jatobá, condenada a 26 anos de prisão. Alexandre Nardoni, por seu turno, cumpre sentença de 31 anos. Seu pai, Antônio Nardoni, por meio do advogado que representa o casal, disse que não comentaria as novas denúncias.

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