Por tamara.coimbra

Rio Grande do Sul - O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) surpreendeu na decisão no segundo dia do julgamento da tragédia que ocorreu na boate Kiss no dia 27 de janeiro de 2013 e causou 242 mortes em Santa Catarina. Nesta quarta-feira, o MP pediu a absolvição dos cinco integrantes do Corpo de Bombeiros. Três soldados, um sargento e um tenente realizavam vistorias, e estão entre os oito réus que respondem à Justiça Militar pelo incêndio na boate.

Fachada da boate Kiss após o incêndioReprodução Internet

Outros três oficiais foram julgados nesta terça-feira, e assinaram alvarás que liberavam estabelecimentos para funcionamento. Para eles, foram pedido a condenação pelo Ministério Público.

O promotor responsável pela decisão informou que o pedido de absolvição dos cinco réus foi decidido pois eles foram induzidos ao erro, já que a norma dava margem a interpretação. De acordo com o promotor, os acusados, desta quarta-feira, não recebiam qualquer treinamento sobre o licenciamento de estabelecimentos na cidade.

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Segundo as normas técnicas, um empreendimento semelhante a boate Kiss não poderia estar em funcionamento sem a instalação de uma área para fornecimento de gás ao setor operacional.

Na ocasião, familiares das vítimas que acompanhavam a sessão, desde terça-feira, se revoltaram e deixaram a sala. Eles continuaram a protestar contra o MP do lado de fora do prédio.

Os oito réus respondem por crimes como inserção de declaração falso com o intuito de alterar a verdade em documento público, inobservância da lei e prevaricação. Em caso de condenação, as penas previstas vão desde a suspensão do exercício da função até cinco anos de prisão.

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