Brasília - A Procuradoria Geral da República denunciou nesta quinta-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Além disso, o senador Fernando Collor (PTB-AL) e a ex-deputada e prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB-RJ), também foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Somado à condenação criminal dos três envolvidos, Janot pede ainda a restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública. O procurador-geral da República acusa o presidente da Câmara de receber suborno do empresário Júlio Camargo para facilitar assinatura de contratos de aluguel de navios-sonda entre a Samsung Heavy Industries e a Petrobras.
Leia mais: Eduardo Cunha não quis comentar sobre denúncia no MPF
Leia mais: Eduardo Cunha será denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro
Para a Procuradoria-Geral da República, o empresário afirmou que uma das parcelas da propina seria de US$ 5 milhões. O pagamento dessa transição para Cunha e os outros envolvidos no esquema seria superior a US$ 40 milhões, segundo Janot. Esse caso foi intermediado pelo lobista Fernando Soares, o Baiano, que é considerado como operador do PMDB no esquema da Petrobras.
O presidente da Câmara dos Deputados foi acusado inicialmente durante um depoimento do doleiro Alberto Yousseff, principal participante do esquema de corrupção na estatal. Ele contou que ajudou o empresário a repassar o dinheiro a Cunha e outros políticos. Na época, Yousseff afirmou que o presidente da Câmara usou requerimentos de informação de uma das comissões para pressionar Camargo a liberar a propina.
