As postagens dos bandidos estão cheias de erros de português e abreviações. Para melhorar o entendimento das mensagens, elas estarão corrigidas nesta reportagem. Em uma das postagens, um rapaz que identifica como Dennis Lemos, que aparece em uma foto segurando um fuzil, avisa que o Morro da Congonha, invadido recentemente pelo TCP, está tranquilo, e manda um recado para os rivais: “Maior paz, que está a Serrinha. Só tranquilidade. Breve, breve, tudo TCP no Complexo de Madureira”. A mensagem faz alusão aos planos da facção para dominar todos os pontos de venda de drogas.
Como em um diálogo, a resposta não demora. No perfil Cajueiro Congonha Bagdá do Ph (Madureira CRVL), que seria utilizado por integrante do CV, um homem faz ameaça. “Vão tomar tiros na cabeça, na cintura. Vamos dar tiros nos vacilões”. Em outras postagens, ele fala dos confrontos: “Se brotarem no cajueiro, vocês vão ficar malucos. Porque os manos estão na laje” e “Um calor da p.... E os alemães entrando na bala. Está ruim para vocês”.
O traficante Douglas de Paula, o Dina, também do CV, avisa: “Nós vamos voltar para Congonha, vamos manter o Cajueiro e vamos dominar a Serrinha. Vamos virar o jogo, pode deixar!”.
A guerra teria sido iniciada no dia 27 de dezembro, quando, durante um baile funk na Serrinha, criminosos do Cajueiro efetuaram disparos na direção da festa. Como resposta, foram iniciadas as invasões. Há poucos dias, segundo a polícia, o bando da Serrinha também invadiu o Cajueiro.
Tudo isso com o suporte de Marcelo Santos das Dores, vulgo Menor P., que pretende fugir para lá a pacificação do Complexo da Maré. No entanto, integrantes do Comando Vermelho continuam no território e tentam resistir com a ajuda de homens expulsos da Congonha e do Morro do Juramento, em Vicente Carvalho.