Por paulo.gomes

Rio - Os delegados da 119ªDP (Rio Bonito), Carlos Eduardo Pereira Almeida, e o da 89ªDP (Resende), Mário Roberto Arruda, concederam uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, na Chefia da Polícia Civil, sobre as investigações da invasão ao sítio do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) Paulo Melo (PMDB). De acordo com os policiais, os irmãos Milton Rodrigo Caetano, 29 anos, e Bruno José Caetano de Moraes, 27, foram os responsáveis por tentarem assaltar a propriedade do deputado estadual na noite do último sábado.

Os delegados Mário Roberto Arruda e Carlos Eduardo Pereira apresentam os retratos falados dos irmãos suspeitos de invadirem o sítio de Paulo Melo%2C presidente da AlerjSeverino Silva / Agência O Dia

De acordo com os policiais, a dupla faz parte de uma quadrilha especializada em roubar famílias de alto poder aquisitivo, geralmente donos de sítios e fazenda na Região dos Lagos e Região Serrana. Oito deles já estavam presos e um menor apreendido. Essa informação foi divulgada pelo jornal O DIA na edição desta quarta-feira, dia 25. Milton Rodrigo tem 12 mandados de prisão, enquanto Bruno José está foragido do sistema prisional. A possibilidade de atentado político foi descartada pela polícia.

Quadrilha suspeita de invasão ao sítio do presidente da Alerj

"Não foi atentado. O critério que eles usavam era o poder aquisitivo da vítima. Eles não se importavam se a casa era de um político ou não. Eles roubavam joias e dinheiro e fugiam com o carro da vítima que logo em seguida era abandonado em algum ponto", diz o delegado da 119ªDP.

Essa quadrilha era investigada há três meses e realizaram mais de 60 assaltos em um ano e meio. Segundo os policiais, eles não têm o perfil violento. Porém, os bandidos devem ter se assustado ao se depararem com os PMs armados que faziam a segurança da casa do deputado, o que culminou com o tiroteio. Os policiais que seguem internado e Paulo Melo ainda não foram ouvidos pela polícia.

Na quarta-feira, um dos suspeitos de invadir o sítio do presidente da Alerj foi morto numa operação da Polícia Civil para prender quadrilha especializada em roubos que atuava em Rio Bonito e em áreas vizinhas.

A operação começou na segunda-feira à noite, em Engenheiro Pedreira. Lá, os investigadores identificaram um veículo roubado. Segundo os agentes, durante a abordagem, o grupo que estava no veículo atirou contra os policiais, que revidaram. No tiroteio, um dos ocupantes do carro morreu. A polícia não divulgou a identificação do suspeito.

O deputado voltava de um jogo de futebol, quando foi atacado por homens armados. Ele conseguiu fugir, correndo pela mata atrás da propriedade. No entanto, fraturou o pé e precisou passar por duas cirurgias. Dois PMs que faziam sua segurança foram baleados no tiroteio. Os bandidos fugiram sem roubar nada.

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