Por paloma.savedra

Rio - "Ainda estou muito assustado com tudo e não consigo dormir, pois as imagens não me saem da cabeça. Foram alguns minutos de terror. As marcas e dores em meu corpo logo estarão saradas, mas as lembranças sei que ficarão um bom tempo ainda martelando em minha cabeça". A declaração é do carnavalesco da Imperatriz, Cahê Rodrigues, que foi atacado por um bandido na última terça-feira, na Central do Brasil. Nesta sexta, ele publicou um texto no seu perfil do Facebook, em que desabafa sobre o ocorrido e ainda fala da violência no Rio.

Cahê Rodrigues apareceu na delegacia ainda muito machucado, com marcas do acidente que ocorreu ao tentar escapar de criminosoAlexandre Brum / Agência O Dia

Em um trecho do texto, Cahê chama atenção para a insegurança na cidade: "A vida continua! Que esse episódio sirva de exemplo para que as autoridades abram os olhos e vejam o quanto estamos vulneráveis a esses meliantes. Temos o direito de ir e vir, pagamos nossos impostos e o mínimo que podemos ter nas ruas desse Estado, é um pouco mais de segurança", declarou

Ele também cita o atropelamento, lamentando ter atropelado duas pessoas, deixando-as feridas, ao tentar escapar do criminoso: "Minha maior dor não são os meus ferimentos e queimaduras, e sim saber que tiveram duas vítimas inocentes envolvidas no acidente; uma em estado grave; duas pessoas que estavam no seu local de trabalho, assim como eu estava a caminho do meu", disse.

Homem atropelado segue internado no Souza Aguiar

Ainda muito machucado, com ferimentos no supercílio, queixo, peito e abdômen, o carnavalesco prestou depoimento nesta quinta-feira na 4ª DP (Central do Brasil), para tentar identificar o bandido que o atacou. Cahê foi à delegacia acompanhado de um advogado, já que ainda pode ser indiciado por lesão corporal pelo atropelamento. A Polícia Civil ainda não divulgou o resultado da tentativa de reconhecimento, para não atrapalhar as investigações.

Criminoso rendeu carnavalesco

Por volta das 12h de terça, Cahê Rodrigues foi rendido por um homem armado na Rua Barão da Gamboa, na Zona Portuária do Rio. O carnavalesco estava a bordo de seu carro quando o bandido o fez passar para o banco do carona e assumiu a direção. Como o veículo era hidramático, o criminoso bateu levemente em um ônibus.

Em seguida, o bandido obrigou o carnavalesco a tomar a direção novamente e seguiu mais 200 metros até a entrada da Cidade do Samba. Nervoso, Cahê acabou colidindo em dois carros estacionados e atropelando Anderson Tomás Paixão e Wellington Barbosa Sampaio.

O bandido saiu do carro e rendeu um motoboy que estava chegando no local para prestar serviços. O homem foi obrigado a levar o criminoso até a Rodovia Washington Luiz, na altura de Duque de Caxias. O motoboy prestou depoimento na 4ªDP (Praça da República).

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