Por paloma.savedra
Rio - O encontro entre os dois deputados mais votados do Rio nas últimas eleições, o estadual, Marcelo Freixo (Psol), e o federal Jair Bolsonaro (PP) foi polêmico como era de se imaginar
Durante a diplomação dos eleitos, realizada nesta tarde na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) ergueu um cartaz com a frase "A violência contra a mulher não pode ter voz no parlamento", em referência à frase do deputado federal Jair Bolsonaro (PP), que declarou, na última semana, que não estupraria a parlamentar Maria do Rosário (PT - RS) por ela "não merecer".
Deputado federal pelo PP%2C Jair Bolsonaro foi o parlamentar mais votado do Rio e recebeu diploma na Alerj nesta segunda-feiraAndré Luiz Mello / Agência O Dia

Bolsonaro foi o primeiro parlamentar chamado para receber o diploma, por ter sido o mais votado do Rio, com mais de 460 mil votos. Em resposta, Freixo, campeão de votos para Alerj, virou de costas para a tribuna, movimento seguido pelos outros parlamentares do Psol, e ergueu o cartaz contra as afirmações feitas por Bolsonaro na Câmara.

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"É saudável que o parlamento represente a diversidade da sociedade, mas é inadmissível qualquer discurso que ameace a democracia e incite o ódio, seja racismo, homofobia, ou violência contra a mulher. Isso vai contra a razão de ser do próprio parlamento", afirmou Freixo.
Marcelo FreixoMárcio Mercante / Agência O Dia

Em resposta, Bolsonaro atacou o deputado estadual. "Ele não é Marcelo Freixo, é Marcelo Frouxo. Ele deveria ter colocado uma melancia no pescoço ou abaixar as calças se queria tanto aparecer. Esse tipo de coisa não me incomoda de jeito nenhum, já tentaram dizer que sou homofóbico, racista, agora acusam de violência contra a mulher", declarou o deputado