Envolvidos na morte de filho de Cissa Guimarães vão para presídio em Bangu
Pai e filho foram condenados pela Justiça do Rio na sexta-feira e estão no Complexo Penitenciário de Gericinó
Por paloma.savedra
Rio - Pai e filho envolvidos na morte de Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães, em 2010, foram presos na manhã deste sábado no Rio. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, Rafael de Souza Bussamra, que estava dirigindo o carro que atropelou a vítima, e seu pai, Roberto Bussamra - condenado por corrupção -, chegaram à Cadeia Pública José Frederico Marques, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste, por volta das 15h20.
Após a condenação da Justiça do Rio nesta sexta-feira, os dois chegaram à 13ª DP (Copacabana), por volta das 19h. Às 13h deste sábado, eles passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML), e, em seguida, foram transferidos para o presídio. A defesa de pai e filho afirmou que recorrerá da sentença.
Nesta sexta-feira, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 16ª Vara Criminal, condenou Rafael Bussamra a 12 anos e nove meses de prisão e suspendeu sua carteira de habilitação por quatro anos e meio. Ele é o responsável pelo atropelamento e morte do estudante Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, no dia 20 de julho de 2010, no Túnel Acústico da Gávea, Zona Sul. Já o pai do atropelador, Roberto Bussamra, foi condenado a oito anos e 11 meses de reclusão por ter ajudado o filho a subornar com R$ 10 mil dois PMs, para ajudar a esconder o crime.
“Vejo esta sentença como uma luz que ilumina a sociedade. É um alívio no meu coração e de todas as mães e familiares que passam por isso. Os pais precisam pensar sobre a maneira que educam os filhos. Espero que possamos evoluir”, afirmou Cissa.
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Rafael Bussamra foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, homicídio culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico, afastamento do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em ‘pega’. Já seu pai, Roberto Bussamra, vai cumprir pena por corrupção ativa e inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico.
“A decisão reconhece a gravidade da situação. São pessoas desprovidas de ética. Deram demonstração do que um ser humano não deve fazer antes, durante e depois do que ocorreu”, afirmou o advogado Técio Lins e Silva, assistente de acusação. Na sentença, o juiz destacou a atitude do pai em corromper os militares numa tentativa de acobertar o filho. “Não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas. (...)”, relatou o magistrado.