Rio - O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), disse que a denúncia de um toque de recolher imposto pela PM no Complexo do Alemão, conforme reportagem de O DIA desta sexta-feira, será investigada tanto pela comissão quanto pela Defensoria Pública do Rio, assim que houver uma queixa formal. O parlamentar se reuniu com representantes da associações do complexo e moradores nesta manhã, contudo, nenhuma queixa foi formalizada por escrito.
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Também está presente na região o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP). Freixo questionou sua presença e disse que ele "quer criar uma polarização que não existe." "Não é momento de brigas ou de pensar em ganhar votos em cima da situação. É o momento de debater a questão do complexo como um todo", falou, deixando claro que vai ouvir os moradores e também os policiais que trabalham nas UPPs.
Marcelo Freixo disse que acontecerá uma audiência pública no próximo dia 28 para discutir a questão da violência no Complexo do Alemão. Uma outra audiência, marcada para o dia 4 de maio, o parlamentar deseja que seja realizada no complexo.
Em sua conta no Twitter, no início da tarde desta sexta-feira, o Governo do Estado negou que exista toque de recolher no Complexo do Alemão. No post, pediu que moradores do conjunto de favelas denunciem a prática, através de sua ouvidoria, no Campo da Torre, na localidade conhecida como Nova Brasília, onde fica uma das Unidades de Polícia Pacificadora da região.
Atenção, moradores do #ComplexodoAlemão! #PaznoAlemão @SegurancaRJ @upprj pic.twitter.com/wpUjVlOUve
— Governo do Rio (@GovRJ) 10 abril 2015
'Caravana de Direitos' no Complexo
A Defensoria Pública esteve presente na reunião com representantes locais e moradores para ouvir as suas reclamações e vai prestar serviços de assistência jurídica. O órgão pretende instalar no Alemão a 'Caravana de Direitos', com todos os núcleos especiais de atendimento da defensoria, como defesa do consumidor, de proteção à criança, etc.