Por paulo.gomes
A dançarina de funk Amanda Bueno foi assassinada no último dia 16. Seu noivo, Milton Severiano Vieira, deu vários tiros de escopeta na cabeça da vítima. Ele está presoReprodução Facebook

Rio - O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou nesta quinta-feira os números de 2014 do Dossiê Mulher, estudo que aponta quais são os crimes mais comuns cometidos contra mulheres. Segundo os dados analisados, grande parte dos delitos ocorrem no espaço doméstico ou no ambiente familiar e os mais comuns são: estupro, de ameaça e de lesão corporal dolosa. No ano passado, mais de 400 mulheres foram assassinadas no Estado.

De acordo com o ISP, a maioria dos agressores são os companheiros das vítimas ou pessoas do próprio convívio familiar. Para a realização do relatório, foram selecionados 11 delitos para análise, que foram separados em cinco partes: violência sexual, violência física, violência psicológica, violência moral e violência patrimonial. Eles foram baseados na gravidade dos crimes.

O estudo aponta que no ano passado, 420 mulheres foram vítimas de homicídio doloso em todo o Estado. Segundo a Polícia Civil, 12,4% das vítimas morreram em situação de violência doméstica ou familiar. No entanto, nos últimos dias, quatro mulheres foram mortas, vítimas de seus ex-companheiros. O caso mais evidente foi o da dançarina de funk, Amanda Bueno, que foi assassinada após seu noivo, Milton Severiano Vieira, que está preso, bateu com a cabeça da vítima no chão diversas vezes e, sem seguida, desferiu vários tiros de escopeta calibre 12 na cabeça na noiva.

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Já o crime de estupro sofreu uma redução de 3% em 2014. Das 5.676 vítimas desse crime, 83,2% eram do sexo feminino, totalizando 4.725 vítimas. O ISP diz que o perfil das vítimas, 45,5% possuem entre 0 e 13 anos de idade, ou seja, mais de um terço dos estupros no Estado podem ser classificados como "estupro de vulnerável". Aproximadamente 42% das mulheres tinham relações próximas com seus agressores, sendo que em 33,1% dos casos, as relações eram de parentesco e 76,6% eram solteiras.

Corpo de Maria José Barbosa foi encontrado no último dia 20, no quintal da casa onde morava, em Itaboraí, com o marido Cícero Antônio Rodrigues, que confessou o crimeAlexandre Vieira / Agência O Dia

Mais de 57 mil mulheres foram vítimas de ameaças. Isso significa um aumento de 3,7% em relação a 2013. A maioria foram ameaçadas pelo companheiro ou ex. Já o crime de lesão corporal dolosa teve uma redução de 0,6%.

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