Por tiago.frederico
Rio - O policial militar Rodrigo Meleipe Vermelho Reis, que estava nos Estados Unidos, foi preso no domingo. Segundo a Corregedoria Interna da Polícia Militar, ele se apresentou, no final da noite, na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em Laranjeiras, na Zona Sul. O cabo é um dos cinco investigados na Operação Black Evil que apurou o vazamento de informações de operações da unidade para traficantes.
Junto com o cabo Maicon Ricardo Alves da Costa e o soldado Raphael Canthé dos Santos, ambos lotados no Bope; o terceiro-sargento André Silva de Oliveira, lotado na Diretoria Geral de Pessoal (DGP), e o cabo Silvestre André da Silva Felizardo, lotado do 15ºBPM (Duque de Caxias), ele recebia propinas de traficantes para revelar informações sigilosas sobre operações da polícia em comunidades, além de negociar armas apreendidas. O inquérito levou cinco meses e foi realizado desde o início pelo comando do Bope e pela Corregedoria Interna. Outros órgãos, como o Ministério Público, Polícia Federal, Coordenadoria de Inteligência da PM e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança, também ajudaram nas investigações.
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Durante a operação, também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos aparelhos eletrônicos, armas, munições, granadas, agenda com telefones de traficantes, celulares, rádios-transmissores, além de R$ 78.400 em espécie. O dinheiro foi encontrado na residência de Rodrigo Meleipe.
"Nos últimos cinco meses, identificamos quem estavam vazando as informações. Mas eles não foram exonerados para que pudéssemos obter mais provas. Dividimos os policiais, colocando em equipes diferentes e vazando também informações falsas", revela o comandante do Bope, tenente-coronel Carlos Sarmento.
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Os cinco PMs tinham contato com traficantes do Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, da Covanca, Jordão e Barão, em Jacarepaguá; Antares, em Santa Cruz; Vila Ideal e Lixão, em Duque de Caxias; Complexo do Lins, no Méier e Complexo do Chapadão, em Costa Barros. Segundo as investigações, eles recebiam de R$ 2 mil a R$ 10 mil por semana em cada comunidade.