Por adriano.araujo

Rio - Sequência de episódios lamentáveis marcou a semana passada e deixou profunda ferida na República. Teme-se que, antes da necessária cicatrização, surja sangramento difícil de conter. À inércia da crise política e da depressão econômica, ambas letais para o país, sucedeu-se violenta troca de medidas díspares, mas todas com um ponto em comum: o açodamento.

Ninguém escapou das decisões apressadas e precipitadas. Dilma transbordou insegurança e desfaçatez ao tentar fazer de Lula um ministro. Sérgio Moro deu mais uma demonstração de prepotência e parcialidade ao disparar áudios de seus investigados a esmo. E o réu Eduardo Cunha voltou a arquitetar segundo seus interesses ao pisar fundo no rito de impeachment, cujo mérito é questionável.

Parece que o Brasil virou um imenso bate-boca onde só importa ver quem grita mais forte e qual a ofensa mais rascante. Nessa toada, para fazer prevalecer um ponto de vista, arrisca-se um tanto. Até que ponto estarão dispostos a pôr o país em risco?

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