Por marlos.mendes

Rio - O prefeito Eduardo Paes classificou como "chocante e inadimissivel" o ataque de bandidos armados de fuzis e granadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, para resgatar o chefe do tráfico no Morro Santo Amaro, que estava sob custódia desde o dia 13. "É chocante e inadmissível o que aconteceu. A polícia precisa dar mais segurança porque os profissionais de saúde e os pacientes não podem ficar à mercê de bandidos" disse.

Segundo Paes, o governo do Estado precisa reforçar a segurança, mas afirmou que a população pode ficar tranquila com relação às Olimpíadas. "Vai ter segurança para as Olimpíadas, o governo federal vai dar todo suporte".

Grupo armado invadiu Hospital Souza Aguiar%2C no Centro%2C para resgatar preso%2C mais conhecido como Fat FamilyDivulgação

Eduardo Paes participou na manhã deste domingo da inauguração do Tunel Prefeito Marcelo de Alencar e de parte da via expressa. O trecho faz parte das obras do Porto Maravilha e vai receber o tráfego de veículos que passava pelo elevado da Perimetral.

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'Bonde' toca o terro no Souza Aguiar

Pelo menos 15 homens armados com fuzis e granadas invadiram o Hospital Souza Aguiar, no Centro, para resgatar Nicolas Labre Pereira de Jesus, de 28 anos, mais conhecido como Fat Family. Por volta das 3h da manhã de domingo, os bandidos, que chegaram em quatro carros, e chegaram a detonar três granadas durante a invação. O filho de um militar que buscava socorro no hospital foi morto na ação.

Apontado como chefe do tráfico no Morro Santo Amaro, no Catete, ele é irmão de Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, que está preso em presídio federal. Fat Family foi preso no dia 13 por policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Decod) e estava sob custódia por ter sido ferido na cabeça.

Prefeito defende ajuda da União

Paes, saiu em defesa da ajuda do governo federal ao Estado do Rio. Ele alegou a dimensão da Olimpíada para todo o país. Ao abraçar a ‘causa’, Paes afasta a polêmica de um possível tratamento diferenciado ao Rio em decorrência dos Jogos. A declaração foi após a inauguração do túnel Marcello Alencar, na Zona Portuária.

“Tenho ouvido que é injusto ajudar o Estado do Rio só por causa das Olimpíada. Não é verdade. Pela primeira vez na história de uma Olimpíada, a maioria dos recursos vem da prefeitura e do estado”, disse o prefeito, que acrescentou: “Tem que ajudar sim. É um evento do Brasil. Quero fazer essa defesa enfática aqui”.

Paes destacou que a ajuda é necessária para que o estado possa oferecer serviços essenciais durante o evento. “É para que funcionam. Estou apoiando porque a prefeitura não tem como assumir a polícia e a única obra que eles ficaram de fazer (Linha 4 do Metrô)”, afirmou.

O prefeito disse, no entanto, que a calamidade pública do estado não atingirá a Olimpíada:“Afeta em ‘zero’ os Jogos, mas sim a prestação de serviços. Não há qualquer ajuda do governo federal para a Olimpíada, que está garantida e está tudo pronto para isso”. Além dos R$ 2,9 bilhões, há perspectiva de serem liberados mais recursos pela União, além da autorização para o Rio pegar empréstimo, contornando a proibição. Secretário-executivo do Programa de Parceria em Investimentos (PPI) do governo interino, Moreira Franco, informou que os recursos iniciais serão destinados à conclusão da linha 4 do Metrô e ao pagamento de servidores públicos.

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