Por marlos.mendes

Rio - O ex-governador Anthony Garotinho e seu filho Wladimir Matheus são acusados pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira de oferecer propinas de até R$ 5 milhões para evitar serem presos. A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ) requereu à Polícia Federal a instauração de inquérito para apurar a denúncia do juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira.

Segundo a denúncia, Garotinho e seu filho ofereceram, por intermédio de terceiros, a pessoas conhecidas pelo juiz propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões para influenciar as decisões do magistrado. O juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira foi o mesmo que determinou a prisão de Garotinho e, em seguida, sua transferência do Hospital Souza Aguiar para o Complexo Penitenciário de Bangu.


Por meio ofício, o procurador regional eleitoral Sidney Madruga ressaltou que os fatos configurariam um caso explícito de corrupção. “Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministério Público e Policia Federal, pois a situação retratada pelo Magistrado é extremamente grave", diz o procurador.

Defesa nega 
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O advogado da família de Garotinho, Fernando Augusto Fernandes, informou que a defesa irá representar contra o juiz pelo crime de denunciação caluniosa. "O relatado pelo juiz, após seus abusos de autoridade e cenas grotescas da semana, merece resposta unicamente jurídica e ele irá responder criminalmente por denunciação caluniosa", declarou Fernandes.
Transferência para hospital

Na noite desta sexta-feira, a PRE também expediu ofícios em caráter de urgência ao Minstério Público Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE/RJ).

No ofício ao procurador-geral de Justiça Marfan Vieira, o procurador eleitoral pede que a Promotoria em Campos tome as medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e eleitorais cometidos por pai e filho. No ofício ao presidente do TRE, a PRE dá ciência da abertura iminente de um inquérito da Polícia Federal para apurar os fatos narrados pelo juiz em Campos.

Com informações da Agência Brasil

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