Por adriano.araujo, adriano.araujo
Policiais do Comando de Polícia Pacificadora tentam fazer a rendição usando uma escada e driblando o cerco de mulheresWhatsApp O DIA (98762-8248)
Rio - Para driblar o bloqueio de familiares nas portas das unidades, os policiais tiveram que adotar medidas alternativas de saída. A mesma criatividade não faltou aos manifestantes no intuito de barrar o policiamento.
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No Comando de Polícia Pacificadora (CPP), cerca de 100 policiais que tinham que fazer a rendição tentaram sair, colocando escadas de madeira nos muros. Alguns pularam o cerco, mas foram logo descobertos. Um grupo de mulheres, então, retirou a escada e mandou que dois agentes, que ficaram sentados em cima do muro, descessem.
Os oficiais do CPP, contudo, usaram justamente da constante atenção nos muros da frente pelas mulheres para burlar o cerco. Isso porque enquanto um policial com um imenso alicate cortava uma grade, um grupo de mulheres correu para detê-lo. Aos gritos, mandaram ele parar de cortar a grade. Ao mesmo tempo da gritaria, um grupo de PMs quebrava o muro traseiro da CPP para fazer uma passagem. A saída dava para um condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida.
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Os moradores locais viram, então, a troca do efetivo ser realizada no pátio interno do conjunto habitacional. Não tardou para as mulheres perceberem que haviam sido enganadas. O cerco ao CPP durou 4 horas, e a rendição de serviço nas Unidades de Polícia Pacificadora do Complexo do Alemão pôde ser realizado.
Em todas as unidades, foi determinado que as viaturas fossem abastecidas em bombas de gasolina em quartéis dos bombeiros, para não retornar aos batalhões.
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No Batalhão de Olaria, policiais saíram de helicóptero. A aeronave fez pelo menos cinco pousos no pátio da unidade. Em Campos, policiais pularam o muro por um matagal. No Batalhão de Choque, usaram saídas laterais e saíram sem uniformes, em grupo de três.
O Batalhão da Tijuca foi um dos mais impactados para a rendição de serviço. Alguns policiais saíram sem farda para o policiamento, já que foi combinado previamente que as viaturas da madrugada levariam suas roupas. Eles, então, as vestiam na rua e começavam a patrulhar.
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Já as manifestantes chegaram a esvaziar os pneus de duas viaturas em Duque de Caxias e, em outros locais, sentavam no capô para evitar o policiamento. Uma parente de policial chegou a se acorrentar em uma cadeira.
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Macaé vai pagar o 13º dos policiais
Com a ameaça de ficar sem o patrulhamento da Polícia Militar, prefeituras entram em ação para garantir que os policiais não saiam das ruas. Em Macaé, no Norte Fluminense, o prefeito Dr. Aluízio já garantiu na Câmara Municipal a aprovação de R$ 3,5 milhões para o pagamento dos cerca de 700 policiais que atuam nas áreas do 32º batalhão. Em contrapartida vai exigir uma forma de reembolso desse valor. “O que Macaé quer é manter a segurança”, aponta Dr Aluízio. Os pagamentos devem sair ainda este mês, segundo ele.
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A Prefeitura de Niterói, através do programa ‘Niterói Mais Segura’, vai apresentar à Câmara Municipal na próxima quarta-feira projeto que garante o pagamento de R$ 3,5 mil para cada agente que atua na cidade. “Apesar de a atribuição constitucional ser dos estados, acredito que é fundamental a cooperação que estamos realizando com forças policiais em Niterói”, disse o prefeito Rodrigo Neves. A previsão do prefeito, é que o benefício seja pago ainda este mês.
Detidos por incitar greve
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Uma capitão lotada no 31º BPM (Barra da Tijuca) foi presa administrativamente por incitar a greve de policiais militares e por postar mensagens agressivas à sociedade, em seu perfil do Facebook. A policial deverá ficar detida até este sábado. O soldado Willian, lotado no CPAm, foi levado para depor na 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (6ª DPJM) de Campos dos Goytacazes, por incitação à greve em Itaocara, onde reside. Ele não foi preso.
Blocos são suspensos em Niterói
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A Prefeitura de Niterói cancelou os desfiles de blocos de Carnaval que aconteceriam neste fim de semana, devido aos protestos das famílias dos PMs. “O Comando do 12º BPM fez esta solicitação por uma questão preventiva, preocupado com possíveis manifestações da PM que poderão inviabilizar a segurança desses eventos públicos”, informou a prefeitura em nota.
Mulheres fecham o cerco e não deixam policiais saírem para fazer o patrulhamentoWhatsApp O DIA (98762-8248)
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