Por gabriela.mattos
Rio - O ministro Sergio Kukina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não aceitou o pedido de desbloqueio de bens feito pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Os bens do governador foram bloqueados pela 1ª Vara Federal de Barra do Piraí, no sul do estado.
Antes da decisão do STJ, o bloqueio já tinha sido mantido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), em ação de improbidade administrativa.

A ação apura supostos atos de improbidade praticados pelo governador quando ele ocupava o cargo de prefeito de Piraí, entre 1997 e 2001.

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Pezão é identificado como recebedor de propina

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Um relatório da Polícia Federal afirma ter encontrado possíveis repasses de propina para Pezão. O nome do governador aparece no documento em seis planilhas de contabilidade apreendidas na casa de Luiz Carlos Bezerra — preso acusado de ser o operador financeiro da suposta organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral.

A análise foi encaminhada ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, um dia após o mandato de Pezão ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral. A cassação, no entanto, ainda está sem efeito porque cabe recurso.

Nas planilhas, a Polícia Federal diz que o apelido “Pé” refere-se a Pezão e aponta quatro pagamentos de R$ 140 mil. As grafias “Pezão” e “Pzão” aparecem em outras duas planilhas com repasses de R$ 100 mil (parcelados em duas vezes) e de R$ 140 mil.

O agente federal que fez o relatório diz que não há dúvidas do recebimento do dinheiro por parte do governador. “Apesar de ainda não determinada a análise do material (outras pessoas recebedoras de valores estão sendo identificadas) é certo que foi identificado como recebedor de valores o Sr. Luiz Fernando Pezão”, escreveu.