Por thiago.antunes

Rio - Os cerca de 40 professores e 720 alunos do sexto ao novo ano da Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza, em Acari, onde a estudante Maria Eduarda, de 13 anos, foi assassinada com disparos de fuzil no pátio, no dia 30 de março, aos poucos voltam à rotina.

De acordo com o diretor Luiz Menezes, de 54 anos, as aulas foram retomadas no último dia 10. Por três dias, os estudantes, professores e funcionários foram atendidos por uma equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas (Proinape), composto por psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais.

Múltiplas atividades estão ajudando estudantes da Escola Daniel Piza a retomarem a rotinaDivulgação / E.M. Daniel Piza

“Estamos ficando de pé novamente. Esperamos fortalecer, cada vez mais, nosso compromisso de levar uma educação comprometida com nossa realidade e de qualidade para nossa comunidade”, afirma Luiz Menezes

De acordo com Luiz, os encontros com grupos de professores e funcionários, com a equipe de basquete e vôlei da escola, da turma 1701 (Turma da Maria Eduarda) e com pais, têm sido fundamentais para o regresso à rotina.

Alunos fazem selfie em frente à escolaDivulgação / E.M. Daniel Piza

“Desde o dia 17, também estão ocorrendo uma série de oficinas, ofertadas por várias instituições, ONG's e voluntários, que sensibilizados e solidários com nossa dor, ofereceram-se para ajudar neste recomeço”, agradece o diretor.

As oficinas são de hip-hop, Grafite, Jazz, contação de história, teatro, Música, dança, master Chef. Estas oficinas também continuarão na próxima semana, paralelas às aulas de aulas. A Escola Daniel Piza fica numa das regiões mais expostas às quadrilhas no Rio, controladas por traficantes. Diariamente, professores, pais e alunos convivem com a rotina de tiroteios na região e ações de ladrões de cargas.

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