Por gabriela.mattos

Rio - A Polícia Civil deteve sete suspeitos de participar de um estupro coletivo contra uma jovem de 16 anos, nesta quarta-feira, em Ricardo de Albuquerque, Zona Norte do Rio. Deles, quatro são menores de idade e um dos envolvidos é ex-namorado da vítima. Segundo o delegado Renato Perez, da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), o crime ocorreu na noite de segunda-feira, mas a menina registrou na madrugada desta terça.

De acordo com Perez, a vítima contou na delegacia que inicialmente havia consentido o ato sexual com seu ex-namorado em um imóvel de obras, a 500 metros da delegacia, após voltar da escola. No entanto, a menina disse que foi surpreendida por quatro amigos do rapaz no local e afirmou que não quis mais a relação. Mas ela destacou que foi obrigada e depois ainda chegaram dois homens para assistir ao ato. 

Homens foram detidos por estupro coletivoDivulgação

"Dois maiores de idade já foram presos por roubo. Um dos envolvidos era o dono da residência. Os outros dois que assistiram também foram autuados por participação no estupro, pois não fizeram nada para impedir. Houve violência presumida", ressaltou o delegado em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

Perez acrescentou que os homens puxaram pelo cabelo e seguraram a jovem, mas nenhum deles estava armado. Os policiais foram até o local, na manhã desta quarta, para fazer uma perícia. A polícia informou também que a adolescente já tomou um coquetel contra doenças sexualmente transmissíveis, mas o Instituto Médico Legal (IML) ainda não fez o laudo.

O delegado disse que apenas um dos envolvidos não é morador de uma comunidade do bairro, mas tinha vínculo com os outros suspeitos. "Se levarmos em conta e preservamos a palavra da vítima, o ex-namorado teria planejado o crime. Os acusados contam que foram chamados e o ex estava com as chaves do imóvel. Ele classificou os colegas como as crias. A vítima disse que ficou em torno de uma hora em poder dos homens e que o ex afirmou que ela teria que 'fazer com as crias'", explicou.

De acordo com a polícia, a família dos suspeitos acredita que os jovens fizeram o ato porque houve consentimento. A vítima, que mora com a tia e estava separada do ex há um ano, ainda foi hostilizada pelos parentes dos rapazes. Perez completou dizendo que a adolescente afirmou que eles filmaram o ato, mas nada foi encontrado ainda nos celulares dos suspeitos.

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