Por thiago.antunes

Rio - A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público concluiu, nesta quinta-feira, que as obras na ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na Zona Sul, não são suficientes para a reabertura de um trecho da via e recomendou a continuidade e aprofundamento de estudos relacionados à área. Em abril de 2016, parte da ciclovia desabou e duas pessoas morreram.

“As obras realizadas pelo consórcio responsável pela ciclovia, não são suficientes para garantir um mínimo de segurança, não tendo sido sequer precedidas dos necessários estudos hidrológicos", informou o Grupo de Apoio Técnico (Gate). Segundo o Gate, mesmo depois das obras, ainda persistem diversos pontos de corrosão e falhas na estrutura da ciclovia.

Parte da ciclovia Tim Maia desabou em abril de 2016. Duas pessoas morreramEstefan Radovicz / Agência O Dia

“Faz-se imprescindível, pois, a continuação do estudo do impacto das ondas, realizado para a região do sinistro, em toda zona costeira entre Praia do Pepino até o Viaduto Rei Alberto – Gruta da Imprensa”, alerta o documento encaminhado à 9ª Vara de Fazenda Pública. A vistoria identificou diversas localidades com relevo rochoso parecido ao do local onde ocorreu o desabamento. De acordo com o Gate, a tragédia poderia se repetir caso não sejam tomadas providências sobre os estudos hidrológicos necessários, da corrosão e do mau estado das estruturas de suporte da ciclovia.

Os estudos hidrológicos foram indicados como indispensáveis à segurança da ciclovia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), que realizou estudos preliminares para a Prefeitura do Rio sem custos. O INPH informou, no entanto, que a continuidade, com a coleta de dados de campo batimétricos e de ondas, demandaria custos que não foram arcados pelo Prefeitura, o que inviabilizou a realização de estudo aprofundado sobre a dinâmica do local.

Você pode gostar