Por karilayn.areias
Rio - Uma terceira pessoa foi morta nos confrontos na Rocinha, na Zona Sul do Rio, após a prisão de Rogério 157. De acordo com a polícia, PMs da UPP Rocinha foram acionados para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da comunidade para verificar a informação sobre a entrada de um homem ferido por disparo de arma de fogo. Vitor Hugo Fernandes Mesquita, 26 anos, que seria mototaxista, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.  A ocorrência foi registrada na Divisão de Homicídios da Barra da Tijuca.
Rocinha tem terceiro morto após prisão de Rogério 157Sandro Vox / Agência O Dia

Os outros dois mortos foram atingidos em um confronto com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Os suspeitos, que não tiveram a identidade divulgada, foram socorridos ao Hospital Miguel Couto, mas não resistiram. De acordo com a polícia, com eles foram apreendidos uma pistola Glock 9mm com numeração raspada, uma pistola .380, uma granada, 34,5 kg de maconha em tablete, um carregador de 5,56 e 106 munições de 5,56. A ocorrência também foi encaminhada para a DH da Barra. 

Polícia identifica traficantes

A Polícia Civil já identificou mais e 80 traficantes envolvidos de forma direta e indireta na guerra da Rocinha. A informação foi divulgada pelo delegado da 11ª DP (Rocinha), Antonio Ricardo Nunes, nesta quinta-feira. Um dos envolvidos é José Carlos de Souza Silva, o Gênio. Ele é investigado em inquéritos na delegacia por associação criminosa, associação ao tráfico de drogas, disparo de arma de fogo, dano, tráfico de drogas e resistência. Além disso, o traficante é suspeito de participar de um caso de tortura, em 2014, na favela. 

Rogério 157 é preso

Chefe do tráfico da Rocinha, Rogério 157 foi o responsável por intensos confrontos na comunidade da Zona Sul em setembro. Um dos mais procurados do estado, ele foi preso e levado por 20 policiais da 12ª DP (Copacabana) e da 13ª DP (Ipanema) para a Cidade da Polícia. 

Os agentes contaram que o traficante foi encontrado inicialmente em uma casa que já estava sendo monitorada pela polícia. Depois, ele fugiu para a residência de uma moradora da favela, que fica a 200 metros da Cadeia de Benfica, onde o ex-governador Sérgio Cabral está preso. Rogério tentou se esconder com um cobertor em uma cama e também se identificou como Marcelo e primo da dona da casa.
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Os policiais começaram a fazer uma série de perguntas e ele caiu em contradição. Em um dos questionamentos, um agente quis saber qual era o nome do pai da dona da casa e Rogério não soube responder. Depois, o traficante disse que "em 20 minutos resolveria tudo". Ao perceber a tentativa e suborno, um policial chamou o delegado Gabriel Ferrando, que coordenava a ação, e o criminoso foi preso.
As investigações começaram há dois meses, quando os policiais mapearam os possíveis locais onde o traficante estaria escondido. Ferrando contou que a aparência de Rogério 157 estava "um pouco diferente" e que o criminoso tentava apagar uma cicatriz no braço para impedir o seu reconhecimento.
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