Por gabriela.mattos
Rio - O secretário de Segurança, Roberto Sá, vai pedir a transferência do traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, para um presídio federal. Ele foi preso, na manhã desta quarta-feira, na Favela do Arará e será levado para Bangu 1. Se o pedido for aceito pelo Ministério da Justiça, Rogério deverá sair do estado, já que não há presídios federais no Rio. 
"Não gosto de enaltecer criminosos, mas este é um bandido que vem causando problemas há mais de dez anos no Rio de Janeiro. Que fez dezenas de pessoas prisioneiras num hotel, em 2010, que disparava tiro de fuzil na Avenida Niemeyer", disse o secretário.
Rogério 157 foi levado para a Cidade da PolíciaSeverino Silva / Agência O Dia

Chefe do tráfico da Rocinha,Rogério 157 foi o responsável por intensos confrontos na comunidade da Zona Sul em setembro. Um dos mais procurados do estado, o traficante foi levado por 20 policiais da 12ª DP (Copacabana) e da 13ª DP (Ipanema) para a Cidade da Polícia. 

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Os agentes contaram que o traficante foi encontrado inicialmente em uma casa que já estava sendo monitorada pela polícia. Depois, ele fugiu para a residência de uma moradora da favela, que fica a 200 metros da Cadeia de Benfica, onde o ex-governador Sérgio Cabral está preso. Rogério tentou se esconder com um cobertor em uma cama e também se identificou como Marcelo e primo da dona da casa.

Os policiais começaram a fazer uma série de perguntas e ele caiu em contradição. Em um dos questionamentos, um agente quis saber qual era o nome do pai da dona da casa e Rogério não soube responder. Depois, o traficante disse que "em 20 minutos resolveria tudo". Ao perceber a tentativa e suborno, um policial chamou o delegado Gabriel Ferrando, que coordenava a ação, e o criminoso foi preso.

As investigações começaram há dois meses, quando os policiais mapearam os possíveis locais onde o traficante estaria escondido. Ferrando contou que a aparência de Rogério 157 estava "um pouco diferente" e que o criminoso tentava apagar uma cicatriz no braço para impedir o seu reconhecimento.
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O delegado ainda elogiou a operação realizada em conjunto com as forças de segurança nesta manhã. "É uma vitória nossa diante de todas as dificuldades que passamos. A polícia continua dando seu sangue. Queria enaltecer todos os policiais que arriscam suas vidas no Rio", reforçou. Ferrando destacou que apenas um grupo pequeno de agentes cercou o local onde Rogério estava como uma forma de estratégia da ação.