Publicado 17/03/2022 11:42
Angra dos Reis - Fácil! Assim Lara de Assis Albuquerque, de 17 anos, resumiu a utilização do tablet na identificação das regiões do Brasil durante a aula de Geografia. A estudante está no 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Educação de Surdos (EMES) que passou usar a tecnologia no dia a dia dos alunos há um mês.
A agilidade de Lara surpreendeu até mesmo o professor de Geografia, Davidson Azevedo, recém-chegado à escola.
- Eles já nascem desprendidos e muito mais eficientes do que a gente -, disse o professor, afirmando que às vezes os alunos têm “uma pegada” muito rápida.
No caso de Lara, segundo avaliação de Davidson, ela concluiu com perfeição o objetivo: identificar com cores e legendas as regiões do país.
A agilidade de Lara surpreendeu até mesmo o professor de Geografia, Davidson Azevedo, recém-chegado à escola.
- Eles já nascem desprendidos e muito mais eficientes do que a gente -, disse o professor, afirmando que às vezes os alunos têm “uma pegada” muito rápida.
No caso de Lara, segundo avaliação de Davidson, ela concluiu com perfeição o objetivo: identificar com cores e legendas as regiões do país.
Facilidade semelhante foi demonstrada pelo aluno Messias Mamedi Mariano da Silva, de 12 anos, do 3º ano do Fundamental. Ele possui deficiência auditiva bilateral de grau severo e durante a aula de Português, cuja tarefa foi montar palavras e frases por meio do aplicativo Ler e Contar, ganhou elogios ao mostrar agilidade no exercício.
- A cor e o layout são extremamente atrativos para nossos alunos, sem contar que o tablet me permite realizar jogos, dinâmica de grupos, tudo muito animado -, disse a professora de Português, Cristiane Sacramento
Ela disse ainda que os aplicativos são muito eficazes nas atividades, principalmente nos exercícios em que as crianças precisam reconhecer letras e montar palavras.
- É tudo muito dinâmico e prático -, completou.
Conquistas
Em apenas um mês de aula, o aluno Enzo Gabriel Souza dos Santos, 8 anos, do 2° ano, com surdez profunda bilateral, apresenta avanços no processo de alfabetização. Durante as atividades com o tablet, ele mostrou às professoras a construção de palavras.
- Com o aplicativo e as interações em turma, tudo fica mais fácil, animado e estimulante, por isso eles estão avançando nas atividades”, completou a diretora da unidade de ensino, Elaine Jaques Sotero.
Para Guilherme do Rosário Rangel, que possui deficiência auditiva moderada, as aulas com tablet se tornaram muito mais divertidas. O aluno já consegue ler as primeiras palavras e construir pequenas frases com o aplicativo Bini ABC.
Facilidades em tempo menor
O tablet é acessibilidade e nos permite criar mais. Foi desta forma que a professora Cristiane Sacramento avaliou a utilização da tecnologia na elaboração e execução do programa de aulas de Português.
- Agora quase não precisamos imprimir exercícios, pois os aplicativos nos ofertam inúmeras alternativas de dinâmica em sala de aula -, explicou Cristiane.
No caso do professor Davidson, de Geografia, com a chegada do tablet, ele pode “aposentar” os projetores e as cópias.
- Agora viajamos na tecnologia que está a nosso favor -, disse ele, no momento em que utilizava o aplicativo MapChart na aula de Geografia.
Escola Especial
A Escola Municipal de Educação de Surdos atende 35 alunos com idades entre 2 e 18 anos em dois turnos. Os trabalhos são acompanhados por uma equipe técnico-pedagógica composta por uma pedagoga, um fonoaudiólogo, uma assistente social e um psicólogo, que atende pais e alunos.
A Emes é destaque ainda no Programa Acelibras (Grupo de Acessibilidade e LIBRAS) para surdos, surdo-cegos e com outras comorbidades. Na unidade, profissionais e pais de alunos também têm acesso ao curso de Libras, ministrado em três turmas.
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