Obras de Angra 3 faltam cerca de 30% para sua conclusãoDivulgação/Eletronuclear
Publicado 08/08/2023 17:04 | Atualizado 12/08/2023 11:01
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Angra dos Reis –A usina nuclear Angra 3, volta as discussões nos bastidores, a possibilidade do governo bancar a conclusão das obras, em mais de R$ 20 bilhões foi abortada, depois de ficar de fora do Novo PAC Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado nessa sexta-feira,11. O governo incluiu no programa para Angra 3, apenas a "realização de estudo de viabilidade técnica econômica e socioambiental". As obras da unidade continuam sendo executadas pela Eletronuclear, mesmo após a decisão do governo. 
A usina prevista para ser finalizada em 2029, já está com 65% do projeto concluído com gasto de R$ 7,8 bilhões até agora, do orçamento total de R$ 28 bilhões. A expectativa em Angra 3, está na unidade que mais empregará no estado nesta etapa de conclusão. As contratações de mão de obra direta devem chegar a dois mil trabalhadores. 
Nas últimas duas semanas a notícia de uma possível retirada da conclusão das obras da usina do Novo PAC, levou a Eletronuclear se posicionar sobre o assunto. Em nota ( veja abaixo na íntegra) a Eletronuclear que administra o complexo nuclear em Itaorna, em Angra, na costa verde, informou que as obras estão sendo executadas e explicou: “que o custo de conclusão de Angra 3, estimado em aproximadamente R$20 bilhões, será financiado por um pool de instituições em condições de mercado e pago pela venda da energia gerada pela usina, conforme estabelecido no artigo 13 da Lei 14.120. A estruturação financeira da captação dos recursos para a conclusão do empreendimento está sendo conduzida pelo BNDES, contratado da Eletronuclear”.
“Já o custo do cancelamento do projeto seria da ordem de R$ 21,5 bilhões, considerando nesse montante custos imediatos - na forma de quitação de financiamentos existentes - e outros valores para o encerramento do projeto, como R$ 460 milhões para demolição das estruturas já edificadas, além dos investimentos já gastos pela ENBPar e a Eletrobras, que totalizam 7,8 bilhões”. deixando claro que o cancelamento da usina traria um gasto ainda maior, não seria viável.
A usina foi iniciada na década de 1980, sendo interrompida várias vezes. Em 2015 pela laja jato e recentemente( 19 de abril deste ano) pelo governo municipal , sob alegação de mudança no projeto urbanístico que estaria em desacordo com a proposta inicial aprovada pela Prefeitura. Outra questão divulgada pelo município foi a contrapartida em compensações socioambientais em torno de R$ R$ 264 milhões ( ajustados)– termo de compromisso assinado entre a Prefeitura e a Eletronuclear em outubro de 2009, pela concessão do terreno, que não estava sendo cumprido. As questões foram discutidas em mesa e ajustadas para o cumprimento, o que resultou em um novo alvará de licenciamento para que as obras fossem retomadas ainda no primeiro semestre deste ano.
“Vale ressaltar que as oscilações nas cotações das ações da Eletrobras na bolsa B3 são movimentos de curto prazo do mercado, não tendo influência sobre a financiabilidade do projeto”. Finaliza a nota da Eletronuclear.
Nota na íntegra
"A Eletronuclear esclarece que o custo de conclusão de Angra 3 é estimado em aproximadamente R$20 bilhões. Esse valor será financiado por um pool de instituições em condições de mercado e pago pela venda da energia gerada pela usina, conforme estabelecido no artigo 13 da Lei 14.120. A estruturação financeira da captação dos recursos para a conclusão do empreendimento está sendo conduzida pelo BNDES, contratado da Eletronuclear para tal.
Já o custo do cancelamento do projeto seria da ordem de R$ 21,5 bilhões, considerando nesse montante custos imediatos - na forma de quitação de financiamentos existentes - e outros valores para o encerramento do projeto, como 460 milhões para demolição das estruturas já edificadas, além dos investimentos já gastos pela ENBPar e a Eletrobras, que totalizam 7,8 bilhões.

Vale ressaltar que as oscilações nas cotações das ações da Eletrobras na bolsa B3 são um movimento de curto prazo do mercado, não tendo influência sobre a financiabilidade do projeto".
Angra 1 está na listagem do PAC
Ao contrário de Angra 3, o governo federal acionou positivo investimento em Angra 1. Foi incluído no pacote a modernização da primeira usina brasileira. A unidade entrou em operação comercial em 1985 e completará 40 anos no ano que vem. 

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