Publicado 08/04/2024 17:49 | Atualizado 03/05/2024 17:05
Angra dos Reis - " Crime ambiental". Essa foi a frase dita por pescadores artesanais, ativistas e ambientalistas, diante de um cenário que chamou a atenção de quem passou pelo cais de Santa Luzia, nesse final de semana (6) e (7). A grande faixa de peixes mortos no mar gerava indignação de pescadores que vivem da prática para sustento. Segundo a Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (SAPÊ), os órgãos competentes foram acionados para averiguar. A prefeitura de Angra dos Reis, por meio do Instituto Municipal do Ambiente de Angra dos Reis (IMAAR), em nota informou "que o caso está relacionado ao transbordo do pescado (barco de pesca), não apresentando ligação com mortandade de peixes no local", sem detalhar que tipo de ações podem ser tomadas para evitar o transtorno.
" A degradação da biota, não extingue somente uma espécie, ela mexe com toda cadeia alimentar ecológica e, por tanto prejudica o nosso comércio pesqueiro" - disse o ativista Carlos Eduardo, do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica de Angra dos Reis-RJ ( IPHAR), abordado por caiçaras que denunciavam a quantidade de peixe morto, da espécie corvina, que amanheceu no mar de Angra no centro da cidade, nesse sábado. As denúncias se dão conta de "que grandes embarcações de frotas de outros estados estão atuando com pesca de arrasto na baía da Ilha Grande", infringindo a Portaria MMA/IBAMA nº 445/2014 e a Portaria nº 43/1994. O Instituto atua na causa dos caiçaras e demais comunidades tradicionais.
Ainda segundo informações a situação não foi registrada só no centro da cidade, outras faixas de mortandade também foram vistas segundo o ativista, do bairro da Ponta Leste até o centro da cidade.
Nossa reportagem entrou em contato com o INEA, para saber qual a posição do instituto sobre o caso e em nota eles informaram que houve uma vistoria no local denunciado. "O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que realizou na tarde desta segunda-feira uma vistoria no cais Santa Luzia, no Centro de Angra dos Reis e em áreas adjacentes e não constatou mortandade de peixes. Os técnicos continuam mobilizados e monitorando a área . A população pode denunciar irregularidades ambientais por meio da plataforma: https://www.rj.gov.br/ouverj/manifestacoes .
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