Espuma amarela no mar de AngraDivulgação
Publicado 03/05/2024 20:17 | Atualizado 07/05/2024 16:47
Angra dos Reis- Uma das praias mais procuradas por turistas e moradores, da Costeirinha, no centro de Angra dos Reis/RJ, estava na tarde desta sexta-feira (3) com uma faixa extensa de espuma com aspecto amarelado e oleoso, que deixou ambientalistas preocupados. A Secretaria de Meio Ambiente da prefeitura disse que teria alertado os órgãos ambientais, sobre a espuma na baía da Ilha Grande. O INEA informou que vai vistoriar a área e a Eletronuclear, realizou vistoria nas praias em torno das usinas, e informou que não há mancha e nem espuma e que as usinas operam normalmente .
Mesmo com a poluição à mostra, banhistas, inclusive crianças, se refrescavam da onda de calor, marcando mais de 30º os termômetros, nesta sexta-feira.
População se banha próxima a mancha misteriosa na praia da costeirinha - Divulgação
População se banha próxima a mancha misteriosa na praia da costeirinhaDivulgação
 
“ O calor está tão intenso que nem percebemos a mancha de óleo na água” – disse dona Ditinha, (69) residente no bairro Balneário, frequentadora assídua da costeirinha e praias da estrada do Contorno.

Só que esta não é a visão de ambientalistas, que demonstraram preocupação com a extensa faixa de espuma no mar. Ativista ambiental diz que mancha tem característica de produto químico e que deve ser analisada.
Mancha já chega na praia do Colégio NavalDivulgação
“As características são de produto químico, amarelo, usado em lavagem de navios, ou de algum vazamento possivelmente de poço, falo pela minha experiência. Precisa ser feita análise” – disse Carlos Eduardo, ativista ambiental.
A prefeitura informou em nota que já havia detectado a espuma, na quarta-feira, e acionou o INEA, mas descartou qualquer vazamento de esgoto sanitário.
“na última quarta-feira, 1º de maio, o Instituto Municipal do Ambiente de Angra dos Reis (IMAAR) detectou algumas manchas no mar, com aspecto de espuma, na Baía da Ilha Grande. O IMAAR solicitou análise do material ao INEA, assim como enviou registro fotográfico ao órgão estadual responsável pelo monitoramento de águas marinhas, para análise. Vale ressaltar que as manchas não apresentam características de vazamento de esgoto sanitário”.

Já o Instituto Estadual do Ambiente, INEA, em nota informou " que fará uma vistoria no local”.
Na tarde deste sábado, (4), a Eletronuclear, que administra o complexo de Itaorna, que comporta duas usinas nucleares, Angra 1 e 2 e com a terceira em construção, divulgou uma nota à imprensa sobre a mancha que já se espalha por outras partes da baía de Angra, atingindo outros bairros como o condomínio Mombaça. A empresa afirmou que nas praias próximas as usinas não há presença da mancha e nem espuma e que as duas unidades funcionam normalmente dento do sistema SIN, de geração de energia.
"A Eletronuclear esclarece que as usinas operam normalmente e que não houve nenhum incidente envolvendo Angra 1 e Angra 2. Portanto, o funcionamento da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis, não tem relação com o episódio de formação de espumas e manchas no mar da região da Costa Verde Fluminense.

Vale destacar ainda que não há manchas ou formação de espuma nas áreas de entorno da CNAAA, tanto na Enseada de Itaorna como no Saco Piraquara de Fora, conforme verificado neste sábado (04) pela equipe do Laboratório de Monitoração Ambiental (LMA), da Eletronuclear, que inspecionou toda a área com o uso de embarcação.

A Eletronuclear realiza constantemente seus programas de monitoração ambiental que incluem análises dos parâmetros físicos, químicos e biológicos na água do mar e os resultados não indicaram qualquer alteração significativa em sua composição. Esses dados são periodicamente submetidos para avaliação dos Órgãos Fiscalizadores e Licenciadores.

O episódio marinho relatado em algumas áreas isoladas pode ser explicado pela forte insolação das últimas semanas, que acaba por provocar a proliferação das microalgas do fitoplâncton que, associadas ao efeito físico do embate das ondas nos costões rochosos, gera a formação de espumas na superfície do mar".

A empresa finaliza a nota reafirmando o compromisso com a operação segura das usinas nucleares de Angra dos Reis, com o meio ambiente, com a população do entorno da CNAAA e com a transparência na realização de suas atividades. 
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