Publicado 25/05/2022 17:04
A demora de atendimento a um homem, identificado como Ademir de São Vicente, gerou uma grande confusão em Araruama, na tarde desta terça-feira (24). Duas versões foram compartilhadas nas redes sociais: a do Carlos Antônio Oliveira de Aquino, conhecido como Aquino do Papa, ex-policial, afirmando que houve omissão de socorro ao amigo pela saúde do município e a do Antônio Carlos de Macêdo Rodrigues, apelidado como Toninho da Saúde, administrador do Hospital de São Vicente, contando que foi agredido pelo homem que, inclusive, o ameaçou com arma de fogo, quando a equipe chegou para resgatar o senhor que necessitava de ajuda. Os dois foram parar na delegacia.
De acordo com registros realizados pelo próprio Aquino do Papa, ele vem solicitando socorro para Ademir desde o dia 18 de maio. O resgate foi feito neste mesmo dia e o homem levado ao hospital, mas a internação não durou por muito tempo, o que gerou revolta. Em uma das filmagens, uma das vizinhas afirma que ele voltou pior do que foi. “Largaram que nem um cachorro”, enfatiza a mulher.
A situação perdurou e, nessa terça-feira, Aquino esteve na Câmara de Vereadores, solicitando socorro. Inclusive, em uma das falas – sem citar o nome da pessoa -, ele afirma, revoltado, que um dos vereadores disse que “não é médico, portanto não teria como ajudar”. O homem cita ainda que convidaria a vereadora Penha Bernardes (PL) para acompanhá-lo em todo o processo. Ela não compareceu.
Já no caminho à casa de Ademir para efetuar o resgate, ele conta mais detalhes sobre o que aconteceu durante a breve internação do amigo. “Ao invés de darem remédios para o sistema ortopédico, porque ele está com problema de coluna e de braço quebrado, deram remédio cardíaco para ele (…)”, conta. Ao chegar no local, para surpresa, se deparou com uma ambulância da Prefeitura.
De acordo com registros realizados pelo próprio Aquino do Papa, ele vem solicitando socorro para Ademir desde o dia 18 de maio. O resgate foi feito neste mesmo dia e o homem levado ao hospital, mas a internação não durou por muito tempo, o que gerou revolta. Em uma das filmagens, uma das vizinhas afirma que ele voltou pior do que foi. “Largaram que nem um cachorro”, enfatiza a mulher.
A situação perdurou e, nessa terça-feira, Aquino esteve na Câmara de Vereadores, solicitando socorro. Inclusive, em uma das falas – sem citar o nome da pessoa -, ele afirma, revoltado, que um dos vereadores disse que “não é médico, portanto não teria como ajudar”. O homem cita ainda que convidaria a vereadora Penha Bernardes (PL) para acompanhá-lo em todo o processo. Ela não compareceu.
Já no caminho à casa de Ademir para efetuar o resgate, ele conta mais detalhes sobre o que aconteceu durante a breve internação do amigo. “Ao invés de darem remédios para o sistema ortopédico, porque ele está com problema de coluna e de braço quebrado, deram remédio cardíaco para ele (…)”, conta. Ao chegar no local, para surpresa, se deparou com uma ambulância da Prefeitura.
Conforme imagens, o ex-policial entrou na residência gravando e exaltado, o que assustou os socorristas. Toninho da Saúde, que também estava ali dentro, solicitou que ele saísse, pois estava atrapalhando e causando tumulto. Ele nega, vira a câmera para o administrador, o insulta e, após várias críticas à Prefeita de Araruama, Lívia de Chiquinho (PP), corta a filmagem. Foi nesse momento em que, em frente a todos – que vieram a se tornar testemunhas -, “aconteceram as ameaças e agressões”, segundo Antonio Carlos.
Mesmo com a chegada da PM, Aquino do Papa não para de filmar, inclusive dando zoom em Ademar, que estava na maca em situação critica. Durante a gravação, ele diz que fará um Boletim de Ocorrência de omissão de socorro por parte da Prefeitura quando chegasse à Delegacia Policial.
Neste momento, o socorro a Ademar foi ‘pausado’ para que todos esperassem a chegada da guarnição. Na gravação, no momento em que Toninho reclama das agressões, um dos policiais fala “socorre aí o paciente que é prioridade”. Depois de toda a confusão, finalmente o paciente foi levado ao hospital e, em seguida, as partes foram à delegacia.
Em vídeo compartilhado nas redes sociais, Toninho da Saúde, que foi agredido com um soco no rosto e braço, compartilhou a versão sobre o caso. Segundo relata, foi solicitada assistência para uma pessoa obesa em São Vicente, então, com a equipe, ele se dirigiu ao local. Enquanto era efetuado o socorro, Aquino chegou, e, conforme afirma, o homem estava agressivo.
“Em um momento seguinte, chega um tal de Aquino do Papa, agressivo, fazendo filmagem, falando coisas que eu não entendi… Eu posso dizer uma coisa a vocês: eu nunca passei por uma situação dessas. (…) Eu fui agredido no rosto, fui no braço… ele puxou arma para mim dentro do quintal da mulher. (…) O cidadão na maca, saindo de um lugar de difícil acesso… E ele gritando, filmando… Falando um monte de asneira. (…)”, conta Toninho.
“Quero pedir ao chefe do batalhão dele que veja o que ele pode fazer porque eu pensei até que ele ia me dar um tiro! Eu pensei que ele ia me dar um tiro! (…) Queria pedir às autoridades competentes: um homem desse não pode andar armado, isso é um perigo para a sociedade“, conclui o administrador.
O Boletim de Ocorrência sobre o caso foi registrado na 118ª Delegacia de Polícia (118ª DP). Também no local, Aquino fez uma gravação, onde ironiza a denúncia de Toninho. “Agora eles passaram a ser vítimas, estão se vitimando! O vitimismo de quem estava cometendo crime de omissão… Mas vamos esclarecer, porque eu não vou ficar calado (…)”, enfatiza.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Araruama em busca de esclarecimento e aguarda retorno.
Mesmo com a chegada da PM, Aquino do Papa não para de filmar, inclusive dando zoom em Ademar, que estava na maca em situação critica. Durante a gravação, ele diz que fará um Boletim de Ocorrência de omissão de socorro por parte da Prefeitura quando chegasse à Delegacia Policial.
Neste momento, o socorro a Ademar foi ‘pausado’ para que todos esperassem a chegada da guarnição. Na gravação, no momento em que Toninho reclama das agressões, um dos policiais fala “socorre aí o paciente que é prioridade”. Depois de toda a confusão, finalmente o paciente foi levado ao hospital e, em seguida, as partes foram à delegacia.
Em vídeo compartilhado nas redes sociais, Toninho da Saúde, que foi agredido com um soco no rosto e braço, compartilhou a versão sobre o caso. Segundo relata, foi solicitada assistência para uma pessoa obesa em São Vicente, então, com a equipe, ele se dirigiu ao local. Enquanto era efetuado o socorro, Aquino chegou, e, conforme afirma, o homem estava agressivo.
“Em um momento seguinte, chega um tal de Aquino do Papa, agressivo, fazendo filmagem, falando coisas que eu não entendi… Eu posso dizer uma coisa a vocês: eu nunca passei por uma situação dessas. (…) Eu fui agredido no rosto, fui no braço… ele puxou arma para mim dentro do quintal da mulher. (…) O cidadão na maca, saindo de um lugar de difícil acesso… E ele gritando, filmando… Falando um monte de asneira. (…)”, conta Toninho.
“Quero pedir ao chefe do batalhão dele que veja o que ele pode fazer porque eu pensei até que ele ia me dar um tiro! Eu pensei que ele ia me dar um tiro! (…) Queria pedir às autoridades competentes: um homem desse não pode andar armado, isso é um perigo para a sociedade“, conclui o administrador.
O Boletim de Ocorrência sobre o caso foi registrado na 118ª Delegacia de Polícia (118ª DP). Também no local, Aquino fez uma gravação, onde ironiza a denúncia de Toninho. “Agora eles passaram a ser vítimas, estão se vitimando! O vitimismo de quem estava cometendo crime de omissão… Mas vamos esclarecer, porque eu não vou ficar calado (…)”, enfatiza.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Araruama em busca de esclarecimento e aguarda retorno.
Confira as duas versões
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Toninho da Saúde deu um depoimento sobre sua versão do acontecido, confira na íntegra:
Vídeo: Fala Araruama
Aquino do Papa gravou toda a situação (com exceção à agressão), desde sua ida à Câmara dos Vereadores, até a chegada na delegacia. Confira na íntegra o relato do ex-policial:
A reportagem tentou entrar em contato com as duas partes para ouvir novamente suas posições sobre o acontecido, mas sem sucesso.
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