O projeto é um desdobramento do espetáculo "As Imperatrizes do Brasil", encenado como peça de teatro em 2019 e remontado em 2021 como audiovisual para veiculação onlineDivulgação
Publicado 28/11/2022 11:05
O espetáculo artístico “Honra e Liberdade” foi apresentado no Teatro Municipal de Araruama, na Região dos Lagos, neste domingo (27), às 20h. Unindo dança e teatro, artistas locais retrataram o período da vinda da família real portuguesa para o Brasil até a coroação de D. Pedro I em comemoração ao Bicentenário da Independência.

O projeto é um desdobramento do espetáculo “As Imperatrizes do Brasil”, encenado como peça de teatro em 2019 e remontado em 2021 como audiovisual para veiculação online. Os participantes da peça, que tem duração prevista de 1h30, são todos alunos do Centro de Artes Elizabeth Oliveira, que fica no bairro XV de Novembro, em Araruama.

“‘Honra e Liberdade’ buscou mostrar o olhar de Pedro de Alcântara a partir de sua vinda com a família real de Portugal para o Brasil, seus feitos e realizações na então colônia até a proclamação da independência e sua ascensão a imperador do país”, explicou Lyana Teixeira, produtora do evento.

O protagonista da história foi interpretado pelo dançarino Mateus Macharete, de 24 anos, que também fará o papel do pai de Pedro, D. João VI. O artista também foi responsável pela interpretação do imperador brasileiro no espetáculo de 2019.
“D. Pedro I foi o primeiro personagem que me caracterizei. Interpretá-lo é desafiador porque a sua personalidade e seu comportamento me deram um choque cultural”, descreveu Mateus. Sobre as diferenças entre o espetáculo “Honra e Liberdade” e “Imperatrizes do Brasil”, Macharete pontuou a abrangência e profundidade.

“Em ‘Imperatrizes’, o espetáculo era mais extenso e o contexto histórico mais abrangente. ‘Honra e Liberdade’ traz um recorte mais específico, até à Independência do nosso país. Além de ter novos personagens e coreografias complementando todo o ocorrido naquela época”, analisou o artista.

Assim como no espetáculo anterior, a primeira esposa de D. Pedro, Maria Leopoldina da Áustria, será interpretada por Maria Eduarda, de 19 anos, que considerou como gratificante a oportunidade de atuar como a mulher que veio a ser a primeira imperatriz do Brasil.
“A parte mais complexa foi internalizar a personagem, com a personalidade diferente, ter que aprender os trejeitos. Mas é muito gratificante poder ter a experiência de poder interpretá-la”, disse a artista.

Outro ponto destacado da peça será o contexto histórico da Rainha Maria I, mãe de João VI, que é conhecido como ‘A Piedosa’ em Portugal, mas ‘Maria, a Louca’, no Brasil. Um dos objetivos do espetáculo, segundo a produtora, Lyana Teixeira, é descortinar a História do Brasil, contribuindo para o conhecimento, valorização e identidade da sociedade.

“Contribuir para a formação de plateia cultural e artística, movimentar a economia criativa, oportunizar experiências a novos fazedores de cultura e fortalecer a identidade cultural da região”, comentou.
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