Publicado 26/05/2023 09:09 | Atualizado 26/05/2023 10:19
Areal - A dona de casa Cristiana Maria de Souza, de 40 anos, já sabe o endereço e número de residência que vai preencher em formulários em breve. Ela é um dos 153 beneficiários das unidades habitacionais do Conjunto Carmen Portinho, em Areal, na Região Serrana, que receberam a designação de onde vão morar. O sorteio das casas foi realizado pela Secretaria de Habitação de Interesse Social do estado (Sehis), em parceria com a prefeitura do município, no Teatro Fernanda Carneiro, nesta quinta-feira (25).
O secretário de Habitação do estado, Bruno Dauaire, afirmou que as intervenções já estão em fase final e destacou o quanto o sorteio é simbólico pelos mais de 12 anos de espera das famílias.
"Quando o governador Cláudio Castro criou a secretaria, em janeiro, ele pediu que a Região Serrana e as vítimas das chuvas fossem prioridade. Dar andamento e finalizar as obras do Conjunto Carmen Portinho é uma questão de honra. Através da moradia, poderemos dar dignidade e a chance dessas famílias retomarem suas histórias", afirmou Dauaire.
Além da alegria de sair do aluguel, Cristiana também comemora a oportunidade de voltar a morar perto dos irmãos Carlos Roberto, Patrícia e Luciana. Todos perderam as casas em 2008, quando a vila onde viviam foi destruída por deslizamentos numa pedreira.
"Hoje se fecha um ciclo. Esse sorteio é o início do nosso recomeço. Foi difícil deixar tudo para trás, me separar dos meus irmãos, mas, em breve, estaremos juntos e nas nossas casas", emociona-se ela, que é mãe de um filho autista e cria dois sobrinhos.
Quem também chorou junto com os beneficiários foi o prefeito de Areal, José Augusto Bernardes, conhecido como Gutinho.
"O que era uma tragédia ambiental virou uma tragédia social. O governador Cláudio Castro está realizando o sonho de quem está aqui e de quem ficou pelo caminho. Parabenizo a todos vocês que não perderam a esperança", disse Gutinho, lembrando que a prefeitura está fazendo investimento na segurança e rede de água do conjunto.
As unidades
Arealenses aptos a receberem as unidades já tinham sido selecionados previamente pela Sehis de acordo com os requisitos sociais, tais como ter perdido a casa na tragédia de 2011, receber aluguel social e ter sido removido de área de risco.
Arealenses aptos a receberem as unidades já tinham sido selecionados previamente pela Sehis de acordo com os requisitos sociais, tais como ter perdido a casa na tragédia de 2011, receber aluguel social e ter sido removido de área de risco.
Cada casa conta com 39,41 metros quadrados, abrangendo dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Na área comum há ainda um parque infantil e espaço de convivência. As moradias ficaram prontas em 2016, mas, por conta da crise financeira, as intervenções de infraestrutura no local foram paralisadas.
O Governo do Estado retomou o projeto de urbanização e, nesta segunda fase, investiu mais de R$ 5,4 milhões em obras de contenção de encostas, drenagem e pavimentação do acesso ao bairro, assim como a construção de dois reservatórios de água e uma estação de tratamento de esgoto.
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