Publicado 26/06/2024 16:54 | Atualizado 26/06/2024 17:51
Arraial do Cabo - Pesquisadores de várias instituições estão reunidos em Arraial do Cabo para
estudar baleias durante o período de migração de 2024. A pesquisa teve início
no dia 8 de junho, no começo da temporada dos animais na região, e utiliza
drones. No entanto, a presença de equipamentos amadores tem dificultado o
trabalho científico.
As equipes envolvidas no estudo incluem especialistas da Universidade do
Reino Unido, da ONG Ecomar, da Fundação de Tecnologia (Funtec) e do Projeto Mar
de Baleias. O objetivo é monitorar as condições corporais das baleias,
especialmente as jubartes, utilizando drones equipados com tecnologia LiDAR,
que permite escanear os animais através de pulsos de luz.
Maycon Victorino, presidente da Funtec, explicou que o uso dos drones é
crucial para medir o índice corporal das baleias e avaliar a saúde. “A gente
está com uma pesquisa ímpar aqui, usando [equipamentos], com um sistema
importado, para poder medir o índice corporal dos animais, para podermos saber
como é que são esses animais, como eles estão vivendo, se eles são
saudáveis”, compartilhou.
Maria Glarou, estudante de doutorado da Universidade da Islândia, está na
cidade como parte de um projeto colaborativo internacional para estudar as
condições corporais das baleias. Ela destacou a importância de evitar a
presenta de outros drones, além dos necessários para os estudos, na área
monitorada.
“Para isso, estamos utilizando drones para sobrevoar a região e voar
diretamente em cima das baleias e desta maneira podemos obter imagens do seu
corpo inteiro. Sabendo a altura do drone, conseguimos medir a baleia e
converter os pixels da imagem em metros. Dessa forma, podemos medir o tamanho
do corpo da baleia e sua condição física”, disse.
“Ter outros drones na área pode causar colisões e pode ser muito perigoso
se houver pessoas na área, e é claro, se o [equipamento] cair na água ou sobre
o animal. Por isso é crucial termos espaço suficientes para realizar o trabalho
sem interrupções e coletar dados necessários para esse projeto”, explicou.
Os pesquisadores enfrentam dificuldades, especialmente no Pontal do Atalaia,
onde a presença de múltiplos equipamentos amadores têm atrapalhado os
trabalhos. “Chegamos a detectar em torno de 15 drones em cima do animal, a
gente fica impedido de voar, impedido de fazer os trabalhos de conservação
quando esses drones estão lá”, complementou Maycon Victorino.
De acordo com a prefeitura, a normativa exige que os operadores mantenham
uma distância mínima de 150 metros dos animais ao operar drones, para evitar
riscos tanto para os equipamentos quanto para as baleias. “Não podemos arriscar
a perda de um equipamento caro, como os drones com sensores LiDAR”, acrescentou
o presidente da Funtec.
Importância
Publicidadeestudar baleias durante o período de migração de 2024. A pesquisa teve início
no dia 8 de junho, no começo da temporada dos animais na região, e utiliza
drones. No entanto, a presença de equipamentos amadores tem dificultado o
trabalho científico.
As equipes envolvidas no estudo incluem especialistas da Universidade do
Reino Unido, da ONG Ecomar, da Fundação de Tecnologia (Funtec) e do Projeto Mar
de Baleias. O objetivo é monitorar as condições corporais das baleias,
especialmente as jubartes, utilizando drones equipados com tecnologia LiDAR,
que permite escanear os animais através de pulsos de luz.
Maycon Victorino, presidente da Funtec, explicou que o uso dos drones é
crucial para medir o índice corporal das baleias e avaliar a saúde. “A gente
está com uma pesquisa ímpar aqui, usando [equipamentos], com um sistema
importado, para poder medir o índice corporal dos animais, para podermos saber
como é que são esses animais, como eles estão vivendo, se eles são
saudáveis”, compartilhou.
Maria Glarou, estudante de doutorado da Universidade da Islândia, está na
cidade como parte de um projeto colaborativo internacional para estudar as
condições corporais das baleias. Ela destacou a importância de evitar a
presenta de outros drones, além dos necessários para os estudos, na área
monitorada.
“Para isso, estamos utilizando drones para sobrevoar a região e voar
diretamente em cima das baleias e desta maneira podemos obter imagens do seu
corpo inteiro. Sabendo a altura do drone, conseguimos medir a baleia e
converter os pixels da imagem em metros. Dessa forma, podemos medir o tamanho
do corpo da baleia e sua condição física”, disse.
“Ter outros drones na área pode causar colisões e pode ser muito perigoso
se houver pessoas na área, e é claro, se o [equipamento] cair na água ou sobre
o animal. Por isso é crucial termos espaço suficientes para realizar o trabalho
sem interrupções e coletar dados necessários para esse projeto”, explicou.
Os pesquisadores enfrentam dificuldades, especialmente no Pontal do Atalaia,
onde a presença de múltiplos equipamentos amadores têm atrapalhado os
trabalhos. “Chegamos a detectar em torno de 15 drones em cima do animal, a
gente fica impedido de voar, impedido de fazer os trabalhos de conservação
quando esses drones estão lá”, complementou Maycon Victorino.
De acordo com a prefeitura, a normativa exige que os operadores mantenham
uma distância mínima de 150 metros dos animais ao operar drones, para evitar
riscos tanto para os equipamentos quanto para as baleias. “Não podemos arriscar
a perda de um equipamento caro, como os drones com sensores LiDAR”, acrescentou
o presidente da Funtec.
Importância
De acordo com Yaci Gallo Alvarez, diretora de projetos oceanográficos da Funtec, o Projeto Mar de Baleias é conduzido pela Fundação de Meio Ambiente da Universidade de Arraial do Cabo e tem como objetivo transformar a região em um ponto de referência para migração e possível reprodução das baleias.
“Nós gostamos do registro que todos estão fazendo aqui, mas respeitamos o espaço da ciência que tem que ser desenvolvida para a gente compreender o comportamento desses animais e favorecer a preservação. Os nossos registros mostram fêmeas com filhotes recém-nascidos aqui na região, o que pode fazer com que a arraial do cabo saia de uma rota migratória para uma rota de reprodução desses animais”, explicou.
“Nós gostamos do registro que todos estão fazendo aqui, mas respeitamos o espaço da ciência que tem que ser desenvolvida para a gente compreender o comportamento desses animais e favorecer a preservação. Os nossos registros mostram fêmeas com filhotes recém-nascidos aqui na região, o que pode fazer com que a arraial do cabo saia de uma rota migratória para uma rota de reprodução desses animais”, explicou.
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