Publicado 19/07/2022 01:11 | Atualizado 19/07/2022 01:13
A empresa de Barra Mansa, Biosolvit, especializada em biotecnologia aplicada à sustentabilidade participa da 29ª Enflor (Encontro Nacional de Floristas) & 17ª Garden Fair, em Holambra, São Paulo. Durante o evento, que segue até terça-feira, dia 19, a startup apresenta a linha de produção totalmente sustentável da Biogreen, como o xaxim à base da fibra da palmeira, a terra vegetal para o plantio doméstico e profissional, o substrato para orquídeas e bromélias e o substrato para todas as plantas. O destaque fica para o lançamento do xaxim biodegradável em formato de coração.
Aliando conhecimento e tecnologia, a startup tem além da Biogreen, especializada em produtos processados para o cultivo de flores, plantas e hortaliças, a linha de produção da Bioblue, voltados à preservação das águas, através de produtos para remediação de acidentes on e offshore. A diretora de Gestão Reputacional, Carolina Freitas, explica que o resíduo da palmeira é integralmente aproveitado pela empresa.
“O pó que sobra da produção de xaxim é utilizado para a produção dos substratos, e a fabricação do absorvedor Natural Bioblue Ecofast, reconhecimento pelo Instituto Francês CEDRE, em 2019, como o mais eficiente do mundo para absorção de óleo e similares derramados em pistas automotivas, mares e oceanos. Depois de dois anos sem participar de eventos em função da pandemia da Covid-19, retornamos com força total. Nossa meta é ampliar as relações de negócios com os diversos setores presentes no evento, como atacadistas, distribuidores, varejistas, decoradores, floristas e promotores de eventos, mostrando que é possível associar desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade”, falou a diretora.
A preocupação com a preservação ambiental também pode ser observada nas embalagens dos produtos.
“Elas são 100% recicláveis e rendeu à empresa o selo “I'm green™". Esse cuidado confirma o compromisso do nosso fornecedor com a economia circular e a utilização de fonte renovável e reciclada. Os rótulos são produzidos com papel reciclado, o que torna o produto ecologicamente correto. As embalagens dos substratos e terra são feitas de polietileno com a cana de açúcar como matéria-prima principal. Um material que contribui significativamente para reduzir a emissão de CO2”, destacou Carolina Freitas.
Grande parte dos resíduos das palmeiras vem da produção de palmitos. O Brasil é o maior produtor e consumidor de palmito e, além disso, o maior exportador mundial do produto, responsável por aproximadamente 95% de toda a produção do mundo. Deste total, 90% são de origem extrativista, proveniente do açaí (da Amazônia) e da juçara (da Mata Atlântica).
Conforme informações do Agrolink, o setor brasileiro de palmito tem um faturamento anual estimado em US $350 milhões, com a geração de 8 mil empregos diretos e 25 mil empregos indiretos.
Se as palmeiras movimentam a economia do país, por outro as fibras geram um resíduo incômodo que precisa ser tratado de forma adequada. Na maior parte das áreas produtivas, os refugos são mantidos indevida no ambiente, como explica o Founder & CEO da Biosolvit, Guilhermo Queiroz.
“A fibra por ser um produto orgânico entra em decomposição e libera gases. Com isso, é necessário um armazenamento adequado. O aproveitamento deste resíduo sólido agroindustrial, por meio de procedimentos biotecnológicos, é de extrema importância socioambiental. Dessa maneira, continuamos o ciclo da sustentabilidade social, movimentando a economia dos pequenos produtores e reduzindo a degradação da natureza”, esclareceu Guilhermo.
Como o resíduo é rico em carbono, a Biosolvit investe em pesquisa e o utiliza como matéria-prima no processo produtivo de todos os seus produtos, promover a economia e melhorando a qualidade ambiental do planeta.
Fundada em 2014, a Biosolvit busca diariamente inovar e implantar modelos inteligentes de negócios, fundamentados em três pilares: social, ambiental e econômico. “Nossa meta é fomentar a produção e o desenvolvimento socioeconômico gerando impactos positivos na sociedade, economia e no planeta.”
Entre 2017 e 2018, os trabalhos desenvolvidos renderam a startup, seis premiações, inclusive foi eleita para representar o país no Startout Brasil na França e em Portugal. A Biosolvit figura no ranking das 100 startups to watch e é dona do absorvedor natural mais eficiente, mais rápido e mais econômico do planeta, o único que permite a reutilização do óleo e o único natural que faz absorção offshore (no mar).
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