Publicado 12/09/2022 18:40
Barra Mansa - O Parque Natural Municipal de Saudade, em Barra Mansa, sediou na tarde desta segunda-feira (12) o VII Simpósio Água Boa, promovido pelo Comitê de Bacias Hidrográficas do Médio Paraíba do Sul – Construindo Conhecimento. O evento teve a finalidade de apresentar os resultados dos projetos de auxílio à pesquisa que recebem apoio do CBHMPS.
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Barra Mansa, Vinícius Azevedo, e também vice-presidente do Comitê, participou do evento. Na ocasião, ele apontou a importância de construir e compartilhar conhecimentos. “A questão ambiental não segue as regras dos limites geográficos administrativos. Um acidente ocorrido em qualquer cidade da nossa região, certamente, impactará outros municípios. Quem não se lembra do caso da Servatis, em 2008, quando houve o derramamento de pesticida nas águas do Rio Paraíba do Sul provocando a mortandade de mais de 80 toneladas de peixes e comprometendo o abastecimento de água em sete cidades da região, causando transtornos até São João da Barra. É sobre esses efeitos, que podem ser sentidos em cidades próximas ou mais distantes, que estamos debatendo, entre outros assuntos”, pontuou Azevedo.
Também participaram do simpósio representantes das prefeituras de Barra Mansa, Miguel Pereira, Porto Real e Rio Claro; Defesa Civil Estadual; Instituto Estadual do Ambiente (INEA); Águas das Agulhas Negras; Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa (Saae-BM); Saae de Volta Redonda, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Acampar RJ; Apedema RJ; Vale Verdejante; e ONG Crescente Fértil.
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Barra Mansa, Vinícius Azevedo, e também vice-presidente do Comitê, participou do evento. Na ocasião, ele apontou a importância de construir e compartilhar conhecimentos. “A questão ambiental não segue as regras dos limites geográficos administrativos. Um acidente ocorrido em qualquer cidade da nossa região, certamente, impactará outros municípios. Quem não se lembra do caso da Servatis, em 2008, quando houve o derramamento de pesticida nas águas do Rio Paraíba do Sul provocando a mortandade de mais de 80 toneladas de peixes e comprometendo o abastecimento de água em sete cidades da região, causando transtornos até São João da Barra. É sobre esses efeitos, que podem ser sentidos em cidades próximas ou mais distantes, que estamos debatendo, entre outros assuntos”, pontuou Azevedo.
Também participaram do simpósio representantes das prefeituras de Barra Mansa, Miguel Pereira, Porto Real e Rio Claro; Defesa Civil Estadual; Instituto Estadual do Ambiente (INEA); Águas das Agulhas Negras; Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa (Saae-BM); Saae de Volta Redonda, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Acampar RJ; Apedema RJ; Vale Verdejante; e ONG Crescente Fértil.
Leia um resumo dos resultados das pesquisas apresentados no VII Simpósio Água Boa:
ENDOSULFAN - Os doutorados em Engenharia Ambiental Carin von Mühlen, Felipe Cury Mazza e Nilo Antônio de Souza Sampaio, apresentaram o resultados da pesquisa sobre a investigação da persistência do Endosulfan e seus metabólitos após desastre ambiental utilizando GC×GC/TOFMS.
O acidente ocorreu em 2008, na cidade de Resende. Treze anos após o desastre, não foram encontrados estudos que comprovem a persistência ou degradação desse composto no ambiente na região impactada. As amostras de sedimento tiveram resíduos de endosulfan abaixo do Limite de Detecção.
As amostras de água obtiveram resposta para o endosulfan lactano nas concentrações de 142 e 255 µg.L-1 nas duas coletas realizadas.
O acidente ocorreu em 2008, na cidade de Resende. Treze anos após o desastre, não foram encontrados estudos que comprovem a persistência ou degradação desse composto no ambiente na região impactada. As amostras de sedimento tiveram resíduos de endosulfan abaixo do Limite de Detecção.
As amostras de água obtiveram resposta para o endosulfan lactano nas concentrações de 142 e 255 µg.L-1 nas duas coletas realizadas.
ÁGUA RESIDUÁRIA DA BOVINOCULTURA DE LEITE - A doutora Érika Flávia Machado Pinheiro, do Departamento de Agrotecnologias e Sustentabilidade do Instituto de Agronomia da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), abordou o tratamento da água residuária da bovinocultura de leite utilizando coagulante natural e filtro orgânico. A pesquisa apontou que em situações de confinamento de bovinos, a mistura de esterco, urina, ração e água contaminam os corpos hídricos e o solo com elevada carga orgânica e de metais pesados. Mostrou ainda que a substituição do coagulante tradicional à base de sulfato de alumínio e cloreto férrico pelo coagulante orgânico é uma das opções sustentavelmente corretas.
O efluente tratado com uso de coagulante natural apresentou melhor aspecto visual, com maior potencial de aceitação em relação ao efluente do filtro orgânico. Todos os efluentes obtidos na pesquisa necessitam passar por outra etapa de tratamento primário e secundário para lançamento em corpos hídricos.
O efluente tratado com uso de coagulante natural apresentou melhor aspecto visual, com maior potencial de aceitação em relação ao efluente do filtro orgânico. Todos os efluentes obtidos na pesquisa necessitam passar por outra etapa de tratamento primário e secundário para lançamento em corpos hídricos.
POLUENTES NA BACIA DO INGÁ - . Pela UFRRJ, campus Três Rios, participou a doutora Patrícia Duffles. Ela apresentou um estudo de poluentes orgânicos, inorgânicos e microplásticos da microbacia hidrográfica do Córrego do Ingá, Vassouras (RJ), com impactos na qualidade de água da localidade de Andrade Costa.
Os resultados demonstram a necessidade da continuidade do levantamento de dados na região, além de um estudo das microbacias para dimensionar a contaminação da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
Os resultados demonstram a necessidade da continuidade do levantamento de dados na região, além de um estudo das microbacias para dimensionar a contaminação da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
BIOPOLÍMEROS PARA O TRATAMENTO DE ÁGUA - A utilização de biopolímeros no tratamento de água em Barra Mansa, para redução do impacto ambiental gerado pelo lodo das Estações de Tratamento de Água foi abordada pelos doutores Carin von Mühlen, Luciana Mangelli e Tiago Schena.
O resultado da pesquisa demonstrou que o uso do biopolímero para tratamento de água da ETA de Barra Mansa apresentou maior efetividade na remoção de cor e turbidez da água do que o emprego de Al2(SO4)3, sem alteração do pH.
O resultado da pesquisa demonstrou que o uso do biopolímero para tratamento de água da ETA de Barra Mansa apresentou maior efetividade na remoção de cor e turbidez da água do que o emprego de Al2(SO4)3, sem alteração do pH.
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