Publicado 18/11/2022 17:06 | Atualizado 18/11/2022 17:07
Belford Roxo - Nunca é tarde para aprender. A Secretaria de Educação de Belford Roxo realizou nesta quinta-feira (17/11) a cerimônia de abertura da "6ª edição do Vozes da EJA (Educação de Jovens e Adultos)", na Escola Municipal Sebastião Herculano de Mattos, no bairro Areia Branca. O tema deste ano foi: “Somos maiores que nossas cicatrizes – a poesia como prática de liberdade através da luta e resistência de Luiz Gama”. O projeto acontece desde 2017 refletindo e debatendo temas atuais. A EJA possui três mil alunos matriculados em 20 escolas municipais.
A sexta edição foi dividida em dois dias, com um dia dedicado aos professores e diretores com palestras e apresentações (17/11), e nesta sexta-feira (18/11) uma roda de conversa com práticas pedagógicas para os alunos. Idealizado e realizado pela Divisão de Educação de Jovens e Adultos, o Vozes da EJA tem o objetivo de incentivar a leitura e interdisciplinaridade desenvolvida ao longo do ano letivo pelas unidades escolares que atendem essa modalidade.
A cerimônia reuniu mais de 200 pessoas dentre alunos, professores, diretores, representantes do Fórum EJA RJ e integrantes da secretaria de Educação. Os estudantes expuseram diversas manifestações artísticas como apresentação musical, cartazes, esculturas, prosas e poesias, que foram aprofundadas nas salas de aula. Todos os trabalhos realizados foram baseados em uma redescoberta do patrono abolicionista do Brasil, Luiz Gama, e outras personalidades negras que ajudaram a construir a história do país.
A cerimônia reuniu mais de 200 pessoas dentre alunos, professores, diretores, representantes do Fórum EJA RJ e integrantes da secretaria de Educação. Os estudantes expuseram diversas manifestações artísticas como apresentação musical, cartazes, esculturas, prosas e poesias, que foram aprofundadas nas salas de aula. Todos os trabalhos realizados foram baseados em uma redescoberta do patrono abolicionista do Brasil, Luiz Gama, e outras personalidades negras que ajudaram a construir a história do país.
A deputada federal e primeira-dama, Daniela do Waguinho (União Brasil), também considerada a Madrinha da Educação no município, esteve presente na cerimônia. “O evento me emocionou bastante e este ano tornou-se um grande encontro literário, sempre destacando temas valiosos e impactantes, por esses alunos que precisam conciliar trabalho e estudo”, ressaltou. “É notável o crescimento da Educação de Belford Roxo, com avanços significativos e cumprimento dos objetivos de levar conhecimento de qualidade para os alunos que estão buscando sonhos”, finalizou a deputada, que parabenizou o trabalho de professores, coordenadores e estudantes da EJA.
Na avaliação do secretário municipal de Educação, Denis Macedo, a EJA é uma boa oportunidade para quem não teve tempo de concluir o ensino regular. “Sempre é momento para estudar, não importa a idade. A EJA propicia essa grande oportunidade de recomeçar. Conheço muitos bons profissionais que vieram da EJA. O conhecimento é algo que ninguém pode tirar da pessoa. Tendo força de vontade conseguimos chegar aos nossos objetivos”, finalizou
Na avaliação do secretário municipal de Educação, Denis Macedo, a EJA é uma boa oportunidade para quem não teve tempo de concluir o ensino regular. “Sempre é momento para estudar, não importa a idade. A EJA propicia essa grande oportunidade de recomeçar. Conheço muitos bons profissionais que vieram da EJA. O conhecimento é algo que ninguém pode tirar da pessoa. Tendo força de vontade conseguimos chegar aos nossos objetivos”, finalizou
A secretária especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia, representou a Secretaria de Educação no evento. “Nós somos a EJA, nós somos a resistência. Enfrentamos os desafios diários para transformar a vida de todos na sala de aula”, ressaltou. “Precisamos nos reinventar a cada encontro para compartilhar o ensinamento necessário. Aproveito para enaltecer o carinho, apoio e suporte de toda a nossa equipe incansável”, frisou Rosângela, ao lado da chefe de Ensino Fundamental Anos Finais, Simone Ramos.
Aos 87 anos, aposentado pisa primeira vez em uma escola
Aos 87 anos, aposentado pisa primeira vez em uma escola
A chefe de Divisão de Educação de Jovens e Adultos, Thatiana Barbosa, pontuou sobre a importância do evento. “Celebramos hoje a culminância das ações realizadas no ano. Vamos continuar debatendo assuntos relevantes e atuais na sala de aula”, contou. “É importante lembrar que mais de 65% dos estudantes da EJA no Brasil são negros e estamos desenvolvendo uma educação com essa representatividade”, concluiu Thatiana, que também agradeceu a dedicação de todos os envolvidos na modalidade de ensino.
A palestrante e professora doutoranda em Educação, Verônica Cunha, apresentou o tema “Por que a EJA é a própria poesia"? “A EJA está sempre em movimento e crescimento. Sabemos que o aprendizado é o caminho”, frisou. “Continuem a estimular a sala de leitura, inspirem os alunos a acreditar nessa perspectiva. Explorem a arte de pintar palavras, sem medo de errar”, realçou Verônica.
O estudante da EJA de 87 anos, Emílio Bedersene, nunca havia pisado em uma escola anteriormente. “Trabalhei a minha vida toda e não sentei em uma cadeira de escola durante esse tempo. Depois de aposentado, descobri a EJA e vim aqui buscar esse aprendizado”, contou Emílio. “É uma benção ter aparecido a oportunidade de estudar. Quero viver essa experiência enquanto me for permitido”, resumiu Emílio, que está no terceiro ciclo de ensino.
As amigas Adenir Cavalcante, 63 anos, e Maria Carmélia, de 62 anos, estudam na Escola Municipal Sebastião Herculano de Mattos. “É importante nos posicionarmos em relação a temas como racismo e qualquer tipo de discriminação. Realizamos dinâmicas que agregaram muito nas aulas”, explicou Adenir. “Estamos retomando os estudos e é muito gratificante poder recomeçar e encerrar esse ciclo que deixamos em aberto. A EJA é revigorante, é inovadora”, completou Maria Carmélia.
As amigas Adenir Cavalcante, 63 anos, e Maria Carmélia, de 62 anos, estudam na Escola Municipal Sebastião Herculano de Mattos. “É importante nos posicionarmos em relação a temas como racismo e qualquer tipo de discriminação. Realizamos dinâmicas que agregaram muito nas aulas”, explicou Adenir. “Estamos retomando os estudos e é muito gratificante poder recomeçar e encerrar esse ciclo que deixamos em aberto. A EJA é revigorante, é inovadora”, completou Maria Carmélia.
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