Bombeiros continuam as buscas no Largo do Paissandu, região central de São PauloReprodução / TV Globo
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O Corpo de Bombeiros encontrou, nesta terça-feira, nos escombros do Edifício Wilton Paes de Almeida, fragmentos de ossos que, preliminarmente, foram identificados como pertencentes a um adulto do sexo masculino. As informações sobre a vítima do prédio que incendiou e desabou na terça da semana passada deverão ser complementadas pelo Núcleo de Antropologia do Instituto Médico Legal (IML), que realizará exames de identificação humana.

À tarde, o secretário da Segurança Pública Mágino Alves Barbosa Filho anunciou que ossos foram achados, junto a brinquedos e um anel dourado, e disse que o IML faria os primeiros procedimentos visando a identificar a vítima.

Naquele momento, chegou-se a cogitar que os ossos pertenceriam a uma criança, o que acabou não sendo confirmado. "Esses ossos estão muito sujos e estão sendo levados agora para o IML. Lá sofrerão um tratamento para que a gente possa efetivamente afirmar se são ossos de criança ou ossos também de adultos", afirmou Mágino.

Material genético

Trabalho dos bombeiros no prédio que desabou no centro de São PauloAFP PHOTO / Nelson ALMEIDA

A Secretaria da Segurança Pública divulgou nota dizendo que o IML "identificou que os ossos têm características compatíveis com as de um adulto do sexo masculino". Segundo a pasta, equipes do IML também procurarão por material genético que permita a realização de exames de DNA, cuja viabilidade ainda não foi confirmada.

Nas proximidades de onde os ossos foram localizados, os bombeiros encontraram também brinquedos, além de um anel dourado grosso e ornamental. Barbosa Filho descartou que seja uma aliança. "Foi encontrado também algo que sugere ser os ossos de uma mão. Próximo desses ossos, foi localizado um anel dourado largo, que deve ser um anel de adulto, e não de criança", disse

Desaparecidos

Bombeiros trabalham para tentar localizar possíveis vítimas nos escombros do prédio Wilton Paes de Almeida, que desabou no dia 1º de maio, em São PauloAFP

Até agora, uma vítima do desabamento foi identificada. Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos, tentava ser resgatado quando o prédio ruiu, matando-o de imediato.

Sete pessoas seguem desaparecidas: Selma Almeida da Silva, de 41 anos, e seus dois filhos gêmeos (Welder e Wender); Artur Hector de Paula, de 46; Francisco Lemos Dantas, de 56; Eva Barbosa Silveira, de 42; e Valmir Souza Santos, de 47.

Sobre as investigações, a SSP disse que, até o momento, 28 pessoas foram ouvidas na sede do 3º DP (Campos Elíseos), delegacia que investiga o caso. "Além disso, o DEIC (Departamento de Investigações Criminais, da Polícia Civil) instaurou um inquérito para apurar as associações que cobram aluguéis de moradores de ocupações, que também está em andamento".

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