Velas e flores homenageiam vítimas no muro da escola atingida pela tragédia, em Suzano (SP)AFP
Por O Dia
Publicado 13/03/2019 22:02 | Atualizado 14/03/2019 17:24

São Paulo - A Polícia Militar chegou a conclusão de que um dos atiradores matou o comparsa e depois se matou, segundo reportagem do O Estado de S. Paulo. No entanto, a corporação não detalhou quem teria atirado contra quem.

Oito pessoas foram mortas pelos assassinos durante o atentado à Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. Por volta das 9h30, um jovem de 17 anos e outro de 25, entraram no colégio e abriram fogo contra alunos e funcionários. Onze pessoas ficaram feridas.  

Os dois atiradores teriam se matado no local após se depararem com o Grupo de Ações Táticas Especiais (GAT), segundo o secretário de segurança de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, durante coletiva de imprensa. Os corpos seguem para o Instituto Médico-Legal da região.

Imagens da câmera de segurança mostram que o adolescente estava com a arma de fogo a todo tempo e é mais provável que ele tenha atacado o amigo e depois se matado. Os dois foram encontrados mortos após serem cercados por policiais no interior da escola.

O secretário de segurança confirmou que os dois são ex-alunos da escola. Guilherme saiu da escola no ano passado. Ainda não se sabe se ele foi expulso, nem a motivação do crime.

A woman lights a candle at the Raul Brasil public school, following a shooting early today in which ten people died -including the two shooters- and 15 other resulted injured, in Suzano, Sao Paulo metropolitan region, Brazil, on March 13, 2019. - A shooting at a school near Sao Paulo on Wednesday left eight people dead, state military police said, before the two shooters turned their weapons on themselves. Far right President Jair Bolsonaro passed a law allowing people to carry arms soon after assuming power in January, delivering on a campaign promise. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP) CaptionAFP

Polícia investiga se atiradores planejaram crime em fórum

A Polícia Civil investiga se os dois jovens faziam parte de um grupo que joga em rede o game Call of Duty, de guerra, e neste fórum teriam planejado o crime. Os investigadores estão ouvindo os pais dos rapazes sobre essa questão, mas suspeitam que pode ter ligação com o massacre. A polícia ainda não sabe como ou onde as armas foram compradas. Os autores do ataque tinham um revólver .38, uma besta, uma machadinha e um arco e flecha. 

Segundo vizinhos, os dois às vezes ficavam o dia inteiro conversando, sentados na frente de casa. E passavam pelo menos três noites por semana em uma lan house perto de casa jogando games como Counter Strike e Mortal Combat, além do Call of Duty. O mais velho trabalharia de vez em quando com o pai, capinando o mato.

Grupo faz oração em frente à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, Grande São Paulo, onde ataque deixou 10 mortos e nove feridos, entre alunos, funcionários do colégio e os atiradores, que se suicidaramPaulo Guereta/Parceiro/Agência O Dia

Nesta quarta-feira, o portal de notícias R7 divulgou que os jovens usaram o Dogolachan, maior fórum de propagação de ódio na internet brasileira, para juntar dicas e fazer planos para o ataque.

O fórum, que é só acessível na dark net, é conhecido como um local onde são discutidos abertamente a prática de crimes, violação de direitos humanos, propagação de racismo, homofobia e misoginia. Nesta quinta-feira, após o atentado em Suzano membros usaram os chans (fóruns) para celebrar o massacre.

Segundo a reportagem do R7, na última quinta-feira, um dos atiradores supostamente publicou um agradecimento ao administrador do fórum, conhecido como DPR. "Muito obrigado pelos conselhos e orientações, DPR. Esperamos do fundo dos nossos corações não cometer esse ato em vão."

Velório coletivo acontece em arena de Suzano 

As vítimas serão veladas durante a madrugada desta quinta-feira, no ginásio da cidade. A arena tem capacidade para 4 mil pessoas. Para evitar encontros entre as famílias, os corpos dos dois atiradores, foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) do município vizinho de Mogi das Cruzes.

Confira a relação de vítimas fatais, segundo o secretário de Segurança de São Paulo:

- Dono de locadora de carro Jorge Antonio Moraes (morreu no hospital)

- Coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Vieira Unezo

- Funcionária da escola Eliana Regina de Oliveira Xavier

- Aluno Paulo Henrique Rodrigues

- Aluno Cleiton Antonio Ribeiro

- Aluno Caio Oliveira

- Aluno Samuel Melquiades Silva de Oliveira

- Aluno João Vitor Ramos Lemos (morreu a caminho do hospital)

*Com informações do Estadão Conteúdo 

 

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