Para a polícia, a jovem foi confundida com a irmã de um rapaz que tinha uma dívida de drogas com traficantes da regiãoReprodução/TV TEM
Por O Dia
Publicado 22/05/2019 10:24 | Atualizado 22/05/2019 10:24
São Paulo - A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira a prisão do quarto suspeito de envolvimento na morte da estudante Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, sequestrada e morta quando saiu de casa para andar de patins, em junho de 2018, em Araçariguama, cidade do interior de São Paulo.

Odilan Alves, de 35 anos, comanda o tráfico de drogas na região e teria mandado sequestrar a irmã de um usuário de drogas que devia para ele. A garota é parecida com Vitória, que foi pega por engano. Segundo a polícia, quando descobriram o erro, os sequestradores decidiram matá-la.
Vitória Gabrielly, de 12 anos, desapareceu após sair de casa para andar de patins, no dia 8 de junho, em Araçariguama, interior de São PauloReprodução Internet
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Outras três pessoas já estão presas pelo crime, mas faltava chegar ao mandante. Odilan mora em Itapevi, mas mantém uma rede de distribuição de drogas em Araçariguama e outras cidades da região. Ele foi identificado a partir de informações de uma testemunha que está sob proteção do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo. A testemunha tem uma irmã com as mesmas características de Gabrielly e devia R$ 7 mil ao traficante.
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Vitória Gabrielly: patins foram encontrados ao lado do corpoREPRODUÇÃO DO FACEBOOK
A prisão de Odilan e de outras quatro pessoas que trabalham para ele aconteceu nesta terça-feira, 21, em Itapevi. O traficante foi levado para a cadeia de São Roque.
Os outros três acusados de matar a menina, o servente de pedreiro Bruno Ergesse e o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes, estão presos em Tremembé, no Vale do Paraíba. Os três negam participação no crime, mas devem ser julgados pelo tribunal do júri. O processo tramita em segredo de justiça no Fórum de São Roque.

O caso de Vitória mobilizou e comoveu a população de Araçariguama. Imagens de uma câmera mostraram a estudante de 12 anos andando de patins perto do ginásio de esportes, antes de desaparecer, no dia 8 de junho.

A polícia e os moradores se mobilizaram em buscas pela garota. O corpo foi encontrado oito dias depois, em um matagal, à margem de uma estrada rural. Ela havia sido amarrada antes de ser morta O pedreiro, primeiro a ser preso, apontou o casal como executor do crime.