Pelo segundo dia consecutivo, o empresário Paulo Marinho se apresentou a autoridades para prestar depoimentos sobre supostos vazamentos da Operação Furna da Onça para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ontem à tarde, ele depôs por cerca de três horas no Ministério Público Federal (MPF). Ao sair, afirmou que entregou provas.
"Estive aqui (no MPF) para depor e reproduzi meu depoimento de quarta-feira, mas hoje (ontem) com riqueza maior de detalhes. A investigação aqui é mais ampla. Trouxe provas e deixei na mão do procurador, que me solicitou que não declarasse o meu depoimento para a imprensa. O que posso dizer é que confirmei o conteúdo da entrevista que dei para a Folha de São Paulo, porém com mais detalhes", disse Marinho.
Na última terça-feira, o empresário esteve na sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, para prestar depoimento sobre a denúncia que fez na entrevista.
Segundo o coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF, Eduardo Benones, a expectativa é de concluir a investigação o quanto antes. "Eu espero que seja o mais rápido possível, desde que não atropele o procedimento e traga prejuízo para a acusação. A ideia da investigação é colher elementos para eventual acusação. A questão é o que está em jogo e a complexidade da informação", destacou.
A partir do depoimento de ontem, ainda vão analisar se será necessário ouvir outras pessoas. "É preciso analisar o que foi dito e decidir qual passo tomar", finalizou Benones.
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