"Ontem a OMS também disse que a transmissão de pessoas assintomáticas é praticamente zero. Muitas lições serão tomadas. Isso pode sinalizar a uma abertura mais rápida e do comércio e a extinção de medidas mais rígidas autorizadas pelo STF e por prefeitos e governos estaduais. O governo federal não participou disso. Vai ter muita discussão", disse Bolsonaro durante reunião do Conselho de Ministros, nesta terça-feira, em Brasília.
"Esse pânico que foi pregado lá atrás por parte da grande mídia começa talvez a se dissipar levando em conta o que a OMS falou por parte do contágio dos assintomáticos", completou o presidente.
O que a OMS disse, na verdade, é que "parece haver" baixa transmissibilidade de assintomáticos e citou, por enquanto, apenas um estudo de pequeno porte feito pela China. Vale entender, ainda, a diferença entre assintomático e pré-sintomático. O que a líder da organização disse é que pessoas que não desenvolvem sintomas tem baixo risco de transmitir a Covid-19; isso não inclui a pessoa que ainda vai desenvolver os sintomas.
Bolsonaro defendeu novamente o fim do isolamento social de forma mais assídua depois dessas informações. "Quem sabe poderemos voltar à normalidade que tínhamos no começo deste ano", disse.
Apesar do pronunciamento, a OMS não recomendou rever a questão do isolamento social para frear a disseminação do vírus. Segundo Van Kerkhove, as ações dos governos devem se concentrar na detecção e isolamento de pessoas infectadas com sintomas e no rastreamento de qualquer pessoa que possa ter entrado em contato com elas.
Kerkhove, porém, declarou que é preciso aguardar mais pesquisas para "responder verdadeiramente" a questão.
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