Pesquisadores criam fármacos para combater covid-19 - Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Pesquisadores criam fármacos para combater covid-19Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Por Agência Brasil
Rio - Pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra, de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), estão desenvolvendo nanopartículas que sirvam para medicamentos que possam combater os sintomas e os malefícios causados pela covid-19. “A ideia é aumentar a absorção de alguns medicamentos pelo organismo e a disponibilidade para que haja maior eficiência durante o uso visando combater, principalmente, os sintomas”, disse hoje (12), à Agência Brasil, o coordenador do projeto, professor José Carlos Pinto, do Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe.

Destacou que há atualmente muitas atividades relacionadas ao desenvolvimento dos retrovirais e, inclusive, expectativa de que alguns tratamentos com retrovirais, em um futuro próximo, sejam utilizados. Nesse caso, a tecnologia que se encontra em desenvolvimento pela Coppe poderia ser também utilizada para embarcar esses retrovirais, acentuou.

Ele confirmou que a meta é que os medicamentos a serem desenvolvidos possam ser mais eficientes, dando maior segurança no tratamento contra o novo coronavírus, porque, às vezes, é necessário tomar uma carga de antibióticos elevada que, de certa maneira, agride o organismo do ponto de vista da absorção, em particular os remédios que são tomados via oral.

“Eles agridem o aparelho digestivo. Então, quando vão protegidos por uma espécie de bolinha, o remédio não necessariamente tem contato com as células do estômago. Aí, eles são absorvidos de maneira mais eficiente e de forma também menos agressiva”, afirmou.

Potencialização
Revestidos por nanopartículas feitas de polímero biocompatível (as chamadas bolinhas), esses fármacos poderão ter sua atuação potencializada e seus efeitos adversos e contraindicações reduzidos, o que facilitará o tratamento médico e a reabilitação de pacientes. O projeto, que conta com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), possibilitará o desenvolvimento de medicamentos antivirais mais eficientes e seguros contra o coronavírus.

O professor da Coppe/UFRJ relatou que o grupo de pesquisadores vem trabalhando no sentido de que essas bolinhas sejam inteligentes.

“A gente faz um trabalho de funcionalização. A gente cobre a bolinha com um determinado biocomposto, com uma molécula ou com um agente ativo, como um anticorpo, por exemplo, para que possa fazer a entrega específica para as células que estão afetadas com a doença. Isso possibilita um aumento grande da eficiência, porque é como se as células que estão doentes acabassem absorvendo mais essas bolinhas, que são marcadas com compostos reconhecidos pelas células doentes. Isso também aumenta a eficiência da terapia, porque você entrega um medicamento à célula que mais precisa dele, que é a célula doente, ao invés de espalhar ele pelo organismo”, explicou o professor.

Finalidade
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O objetivo é a produção de nanopartículas poliméricas biocompatíveis contendo diferentes fármacos, em especial aqueles que apresentam potencial farmacológico no combate ao Sars-Cov-2, por meio de uma técnica que seja fácil de reproduzir e de produzir em grande escala. O projeto já desenvolveu algumas soluções.

Uma delas inclui a azitromicina, que é um antibiótico que vem sendo muito usado no tratamento da covid, por ele auxiliar a combater, em particular, as infecções no pulmão.

“A gente está em um estágio muito avançado para alguns ativos, como também a heparina, e não tão avançado para outros, como a acetilcisteína e a ivermectina”, disse. O coordenador revelou, ainda, que o grupo de pesquisadores já domina a técnica da funcionalização, mas tem que avançar nos testes in vivo.

Quanto ao desenvolvimento das soluções farmacêuticas, José Carlos confirmou que o projeto está bem avançado. A partir de março do próximo ano, o planejamento é iniciar os testes in vivo em meios celulares. Tudo vai depender do funcionamento dos laboratórios por conta da pandemia.

Formulação
Ele explicou que serão feitos testes, principalmente, em culturas celulares. Deixou claro que o projeto não está apresenta 22.300781-26.300781 40-48.601562 48.601562-9 3.5-22.597657 7.699219-47.5 8.796876-27 1.203124-35.097657 1.5-103.398438 1.5s-76.5-.296876-103.402343-1.5c-25-1.097657-38.5-5.296876-47.5-8.796876-11.097657-4.101562-21.199219-10.601562-29.398438-19.101562-8.5-8.300781-15-18.300781-19.101562-29.398438-3.5-9-7.699219-22.601562-8.796876-47.5-1.203124-27-1.5-35.101562-1.5-103.402343s.296876-76.5 1.5-103.398438c1.097657-25 5.296876-38.5 8.796876-47.5 4.101562-11.101562 10.601562-21.199219 19.203124-29.402343 8.296876-8.5 18.296876-15 29.398438-19.097657 9-3.5 22.601562-7.699219 47.5-8.800781 27-1.199219 35.101562-1.5 103.398438-1.5 68.402343 0 76.5.300781 103.402343 1.5 25 1.101562 38.5 5.300781 47.5 8.800781 11.097657 4.097657 21.199219 10.597657 29.398438 19.097657 8.5 8.300781 15 18.300781 19.101562 29.402343 3.5 9 7.699219 22.597657 8.800781 47.5 1.199219 27 1.5 35.097657 1.5 103.398438s-.300781 76.300781-1.5 103.300781zm0 0"/>