Ministro do STF, Gilma MendesFellipe Sampaio/SCO/STF
Por iG
Publicado 13/04/2021 16:47 | Atualizado 13/04/2021 16:51
Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, declarou em entrevista divulgada nesta terça-feira (13) que os pedidos de impeachment contra os membros da Corte não interferem nas decisões do judiciário. “ Impeachment por quê?”, questiona.
No Senado Federal, há ao menos 10 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo. Na última segunda-feira (12), Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi escolhido como relator do mandato feito contra Alexandre de Moraes.
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Para Gilmar, o uso de processos de destituição como “mecanismo de assédio” não funcionarão: “O problema é que pensam em usar isso como um mecanismo de amedrontamento, de assédio, de acossamento das pessoas. Acho que a gente deve responder com serenidade. E creio que Câmara e Senado são compostos por pessoas, na maioria, de grande maturidade política. E sabem distinguir o que é a luta política de qualquer outro embate. Então, a mim me parece que não surte nenhum efeito”, declara o magistrado em entrevista ao site Metrópoles.
“ mpeachment por quê? Por que as pessoas estão cumprindo o seu papel, tomando suas decisões dentro dos marcos institucionais?”, pergunta o ministro em dado momento da entrevista.
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O ministro também comentou a respeito das conversas divulgadas pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que mostram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que no áudio, cobra a inclusão de governadores e prefeitos na CPI da pandemia, que transita no senado, mas pediu para “aguardar” para poder “dar significado”:
“É preciso se conhecer as inteiras, do que se tratou, em que contexto isso se deu. “Muita gente está falando de uma possível combinação, de que a gravação não teria sido assim tão sorrateira. Vamos aguardar. Eu prefiro não atribuir muito significado a isso”, afirma.
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“De um lado, estava um presidente da República e, do outro lado, um senador muito conhecido, inclusive por seus métodos”, completa Mendes.
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